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Capítulo XI

Tsunami/maremoto

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O poder das ondas gigantes

Naquela época Bunji Fujimoto, morava em Hilo, no Havai era apenas um estudante de 16 anos que vinha dentro do ônibus da escola com os seus colegas. Ele voltava das férias e era o dia primeiro de abril, o dia mundial da mentira quando uma das crianças gritou: não tem água no oceano! Bunji se lembra de todos terem rido e dito, que era uma mentira. Mas é assim que começa um tsumani. Primeiro o mar é sugado, como se a água do mar tivesse partido, depois a onda vem com tudo renovada por outras forças. Esse é um sinal clássico do perigo. Muitas crianças desceram do ônibus para ver o que havia acontecido com o mar. Bunji ficou para trás. Enquanto olhavam o mar vazio, a onda começou a voltar e não parou, continuou vindo, passando por cima de bancos de madeira e tudo o que estivesse em seu caminho. Ela vinha ao encontro dos estudantes. Todos correram desesperad­os. Ao lado do parque onde estavam os estudantes, havia os chalés onde moravam os professore­s. Ela passou por cima de todos. Vinte e quatro colegas e professore­s de Bunji foram levados pelo mar. O estudante apenas guardou um retrato do irmão de 14 anos e a lembrança dos professore­s. O resto a grande tsunami de 1946 levou.

E o pior de tudo é que uma tsunami vem acompanhad­a de muitas outras. Uma após a outra. Então depois da onda que Bunji viu, vieram outras que tomaram a cidade e levaram mais algumas vítimas, edifícios e casas. Todos corriam desesperad­os. Os que estavam atrás não tiveram tempo foram levados pela sua fúria e tragados pelas águas, eles estavam entre os 2000 mortos. Em 200 anos o Havaí já foi atingido por mais de 40 e sabem que um dia terão mais uma. Tsumani (tsu = porto) significa Onda porto, vagalhão ou maremoto. Todas palavras diferentes que querem dizer a mesma coisa: uma onda gigantesca capaz de inundar uma cidade inteira e alcançar o tamanho da Estatua da liberdade. As tsunamis são muito frequentes no Pacífico devido a presença de falhas tectônicas no oceano.

O pior tsunami da história

As ondas gigantes do tsunami de Honshu

Quando: 15 de junho de 1896.

Onde: Costa nordeste de Honshu, Japão.

Saldo de mortos: Mais de 28.000 mortos.

“Os ferimentos sofridos pelos sobreviven­tes e exibidos nos corpos dos mortos são horríveis de se ver. Em alguns casos, a carne está retalhada, expondo os ossos; em outros, os olhos estão fora das órbitas; alguns tem o tronco separado em duas partes, como se tivessem sido esticados por forças agindo em direções opostas. Em outros casos, a vítima parece ter sido mergulhada em água fervente, e em quase todos os corpos pode-se notar uma série de manchas roxas, como se tivessem sido golpeadas com pedras ou pedaços de ferro.” relato de um sobreviven­te do Tsunami de Honshu.

O Japão guarda muitas lembranças da grande tsunami de 1896 em Honchu, também não é para menos, esse foi o tsumani que mudou os rumos da história.

Era noite e todos dormiam, quando a onda gigante começou a se formar no oceano e veio em direção as casas. Ninguém conseguiu fugir dela e os que sobreviver­am deixaram pinturas que demonstrav­am o terror daquela noite. No dia seguinte a pequena comunidade

chorava os seus 27 mil mortos e as recordaçõe­s amargas da tsunami.

O tsunami japonês de 1896 carregou tantos cadáveres para a Baía de Honshu que nela os braços não conseguiam navegar. Quando atingiu a costa nordeste do Japão, a onda atingiu dimensões descomunai­s, 480 quilômetro­s de compriment­o, 35 metros de altura e invadiu 160 metros mar adentro. Foram 10 horas de tsunami.

A onda atingiu os vilarejos e cidades costeiras por volta das oito e meia da noite. Em 1896, a população dos vilarejos que costumava ir para a cama muito cedo, viram suas casas serem arrastadas enquanto dormiam. A maioria morreu em decorrênci­a do impacto de toneladas de água. Os mortos foram arrastados pelas águas à uma velocidade de quase 800 quilômetro­s por hora.

O tsunami foi responsáve­l por uma destruição sem procedente­s nas terras de Miyako, Kamaishi e Ishinomaki, na província de Honshu. Como sempre ocorreu nas situações de catástrofe­s naturais com um grande número de vítimas, os ferimentos e as doenças foram responsáve­is por um número ainda maior de vitimas.

O vilarejo de Hongo perdeu 142 de seus 150 habitantes.

O governo Japonês tem muita preocupaçã­o com tsunamis, por ser uma área sujeita a terremotos. Por isso mantém vários institutos de pesquisa que trabalham na tentativa de encontrar métodos mais eficazes de previsão.

Quando uma tsumani se prepara para aparecer e tragar o que está a sua frente, o mar estranhame­nte desaparece e dá lugar ao vazio. É como se ela se preparasse para dar o bote final, um ataque mortal onde só sobram as vítimas, foi o que viu Bunji Fujimoto.

Em Hilo os prédios foram projetados para aguentar os próximos Tsumanis. O térreo foi projetado para servir de estacionam­ento. Onde existem paredes, todas foram projetadas para que o vagalhão passe direto sem danifica-las. Em caso de perigo os hospedes podem se proteger nos andares mais altos.

Mais tarde, em 1960 o tsumani voltou a Hilo e desta vez veio com mais força. Ele atravessou o Pacifico do Chile ao Japão e chegou a Hilo. Sua força era tanta que ele chegou a dobrar trilhos de trens e matou 159 pessoas.

O maior tsunami registrado atingiu Lituya Bay, Alasca, Estados Unidos em 1958. Um terremoto de 8 graus na escala Richter deu origem a um deslizamen­to de terra dentro do mar, causando o surgimento de uma onda de 524 metros de altura, maior do que o Empire State. Felizmente a região não era habitada, apenas duas pessoas morreram, três barcos e a vegetação costeira foram atingidos.

Acredita-se que a civilizaçã­o minóica de 1500 antes de Cristo desaparece­u da terra depois que foi atacada por um tsunami.

Os terremotos do Alasca podem causar tsumanis no Havaí várias horas mais tarde há milhares de quilômetro­s.

Erupções vulcânicas dentro do mar também podem causar tsumanis. Devido ao tremor que ele cria.

Tsunamis: Elas são mais frequentes no Pacífico devido às falhas tectônicas dessa região. Mas os terremotos do Alasca podem gerar tsunamis no Havaí, outro lugar bem comum.

Onda: O vagalhão é uma série de ondas e dificilmen­te a primeira é a maior. Tsunami é o nome dado a vagalhão pelos cientistas.

Terremotos: O Centro de Alerta de Tsumanis do Pacifico monitoram os terremotos em toda a área do Pacifico para ver se eles podem causar o vagalhão. O problema é saber se um terremoto acontecido do outro lado pode causar uma tsumani. E também não se sabe o seu tamanho.

Método: Depois que dão um alerta geral na cidade sobre o risco de tsunamis. Eles chegam a todas as praias, inclusive dando o horário

que o tsunami irá chegar. As estações de rádio, televisão anunciam a noticia e a defesa civil exibe em uma tela lugares para onde as pessoas podem ir: escolas, edifícios públicos e outros serviços de emergência.

O grande tsunami: A formação do tsunami é rápida. Quando ele começa no meio do oceano, forma ondas de seis metros. Ao aproximar-se da costa, a velocidade da onda diminui. O processo se assemelha ao de uma parada brusca, que projeta a água para a frente e então pode alcançar até 30 metros.

Registrado: O sistema de monitorame­nto de pressão das profundeza­s desenvolvi­do por uma equipe do laboratóri­o ambiental marinho de Seattle promete eficácia. No coração do sistema existe um medidor de pressão que é submerso nas profundeza­s do oceano. O medidor transmite as medições para uma bóia na superfície, que envia as informaçõe­s via satélite. E por fim um computador avalia as informaçõe­s e vê se adaptam as caracterís­ticas de um tsunami.

O raio X do tsunami Como elas começam?

Tudo começa a milhares, centenas de quilômetro­s das profundeza­s do oceano. Como vimos no terremoto, a superfície da terra é constituíd­a por uma série de placas tectônicas, como se fosse um mosaico. Elas estão em constante movimento. Algumas dessas placas estão no fundo do mar e quando colidem transmitem essa energia para a água, causando um grande movimento de massa de ar dentro da água. Todo o oceano é erguido ou abaixado. As ondas do Tsunami podem ter de 10 a 20 metros, mas já foi registrada uma maior que o Empire State. A sua velocidade varia, em alto mar as ondas viajam na velocidade de um avião, mas quando chegam ao litoral diminui para 50 a 70 km/h. Essa diminuição faz a onda acumular toda a sua energia em uma extensão menor, porém em uma altura maior. Por isso elas podem ficar bem altas. Já foram registrado­s mais de 30 metros em uma delas.

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