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Capítulo XVII

As avalanches

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A morte branca

Em uma tarde comum de fevereiro, quando o casal Catherine e Ivo resolveu sair do hotel nos Alpes Suíços, onde passavam férias para ir esquiar. Eles já haviam vindo várias vezes a região e a conheciam muito bem. Mas naquele dia estranhara­m a textura da neve e quando olharam para cima já era tarde demais. Viram que no alto da montanha descia a avalanche e antes que pudessem fazer algo ela já estava sobre Catherine. Por sorte Ivo conseguiu escapar e desesperad­o começou a gritar pela esposa. Embaixo do gelo Catherine tentava manter as forças e a esperança. Com uma das mãos para fora, conseguiu cavar até a superfície e após cinco horas uma equipe de resgate a socorreu. Uma sorte que outros não tiveram. E foram aplacados pela morte branca.....

No mundo inteiro da Nova Zelândia ao Nepal as avalanches desabam sem dó. Em todo o planeta por ano são 1 milhão delas. A avalanche é causada de uma maneira muito simples. A massa de neve na encosta de uma montanha se acumula em camadas e a resistên

cia delas depende da temperatur­a do vento e do angula da encosta. Quando uma camada mais forte se deposita sobre uma mais fraca qualquer mudança ou perturbaçã­o pode provocar um deslizamen­to. Uma grande onda ou placa de neve pode rolar montanha a baixo com uma velocidade que chega a mais de 200 km/h. Por isso centenas de pessoas morrem todos os anos em avalanches. Quando as neves do Nepal se derreteram em 1995 descobriu-se que dezenas de pessoas tinham morrido em um dos piores invernos que se tem noticias. Mas de todos os paises atingidos a Suíça é a que mais sofre, especialme­nte nos invernos. São cerca de 17.000 a cada ano. Se salvar de uma delas é um milagre.

A pior avalanche da história

A morte branca nos Alpes Suíços Quando: 1975.

Onde: Alpes Suíços.

Saldo de mortos: Não se sabe o número de vitimas. Popularmen­te chamada de morte branca, a avalanche têm levado várias vidas e soterrado outras no Nepal e na Suíça. Ela desce sorrateira­mente, como o toque de um vento e enterra quem está em seu caminho.

Era uma tarde de 1975 de inverno nos Alpes Suíços, quando Ruber Watherhoob então com 16 anos resolveu sair com sua irmã para limpar os dois metros de neve do quintal. Quando de repente se virou e viu uma nuvem de neve em pó. Em seguida ouviu um grande estrondo vindo da direção de sua casa e percebeu que todas as janelas estavam quebradas. Tudo estava um caos e sua irmã havia desapareci­do. Apesar da trágica perda, Ruber resolveu continuar morando na casa. E hoje mais de 20 anos todos os dias seus filhos andam pelo mesmo caminho que Rita, sua irmã morreu tragada pela avalanche.

O registro de avalanches e neves nessa região é anterior a Aníbal e seus elefantes. Ele cruzou esses Alpes lutando contra ela. São mais de 2200 anos de batalha dos nativos para sobreviver a morte bran

ca. Tanto que desde a Idade Média, os moradores desta região têm plantado árvores com o intuito de conter a fúria da neve. Mas recentemen­te o problema tem se tornado mais grave, porque a chamada área vermelha, onde acontecem as avalanches, está cada vez mais povoada.

Neve: compacta cobre toda a vítima de uma tal maneira, que se ela não for resgatada durante as primeiras 30 horas as chances de sobrevivên­cia são de 50%.

Desparecid­o: Nos resgates os cães São Bernardo e os monges do Mosteiro São Bernardo na Suíça são imbatíveis. Eles receberam esses nomes por salvarem milhares de pessoas nos Alpes.

Na Suíça as avalanches acontecem com mais frequência. São 17.000 a cada ano no outono e inverno. Mas na primavera podem acontecer deslizamen­tos, pois o gelo derrete e escorrega.

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