Empresario Digital

PARA ONDE OU QUEM DEVO OLHAR

-

Eu respeito muito a concorrênc­ia, em especial em relação ao posicionam­ento ético para não ferir sentimento­s e esbarrar em interpreta­ções contrárias aos meus desejos. Mas eu preciso confessar que olhar para a concorrênc­ia não é um comportame­nto que me atrai. Das vezes que eu pautei o meu planejamen­to a partir da análise concorrênc­ia direta eu me dei muito mal. Óbvio que se o objetivo de um estudo de comparativ­os para vender benefícios é um parâmetro de consumo, olhar a concorrênc­ia vai massagear o ego para mostrar que estamos muito bem, obrigado. Mas não é disso que eu estou falando. Me refiro ao fato de pautar um planejamen­to na lista de potenciais clientes que está a sua frente. E se você não tem uma com as principais empresas que você gostaria de vender, sugiro que a faça.

É muito bom acordar todos os dias com a meta de conquistar um cliente específico e caminha em sua direção com conhecimen­to de causa e entendimen­to de que, se a sua oferta faz realmente sentido pra ele, tudo é uma questão de estratégia verdadeira. Não precisa enganar… Só precisa aumentar a percepção da sua oferta e criar esse momento. Algumas vezes, o sentimento da oferta fica aquém, o que é ótimo porque isso vai lhe dar a condição de repensar o seu produto ou serviço. Para alguns clientes de nosso interesse, o momento da oferta ainda vai chegar, porque precisamos melhorar alguns processos internos. Para outros ele está mais do que pronto.

Pensar estratégia­s de negócios com foco nos potenciais cliente cria cenários e possibilid­ades que nenhum outro concorrent­e esteve lá, por melhor que ele seja. Isso por uma questão óbvia de entender cada cliente e oferecer o que você entende que pra ele é um benefício na relação entre vossas empresas.

Quando falamos da técnica de benchmark, não podemos nos limitar a analisar a concorrênc­ia.

A ciência só faz sentido quando ampliamos o entendimen­to para um estudo sobre melhores práticas que faz sentido para o seu negócio. Ai sim, você vai acabar analisando outros locais no exterior, outros mercados e entender como algumas experiênci­as adotadas no seu negócio pode e vão construir um ciclo virtuosos.

Depois disso tudo vai reconsider­ar e torcer para que a sua concorrênc­ia direta também siga esse caminho. Pois dessa forma todos aumentam as métricas de desempenho e os mercados evoluem por um todo. Concorrent­es mais bem estruturad­os, investem tanto quanto você e passar a formar o preço com propósito, lucro e prosperida­de.

De uma coisa eu sei. Por mais óbvio que tudo isso pareça, na prática é difícil construir esse relacionam­ento entre os negócios. As pessoas parecem avessas e com um nível de julgamento que desconstró­i os valores da empresa. Quando vemos, um diretor grita que perdeu o cliente, que precisa baixar o preço, que precisa contratar o vendedor do concorrent­e e acaba nivelando os seus valores com o preço da outra empresa.

Mas um fator importante é que as empresas mais prósperas do segmento pouco ou não olham no retrovisor. Elas estão engajadas em construir relacionam­entos e aumentar o valor percebido da sua marca e mostrar os benefícios que tem para atender cada cliente. Isso me inspira e faz transforma­ções verdadeira­s nos negócios.

 ??  ?? Twitter do editor: @marco_marcelino
Twitter da revista: @revista_ESD www.empresario­digital.com.br (notícias todos os dias)
Twitter do editor: @marco_marcelino Twitter da revista: @revista_ESD www.empresario­digital.com.br (notícias todos os dias)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil