Empresario Digital

Empreendem

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pessoa. Isso não faz dela menos desejosa de participaç­ão.

Não importa o porte da empresa. Intraempre­ender não está restrito ao porte, mas ao modo como o gestor pensa.

Esse comportame­nto do funcionári­o se tornou um importante recurso de competitiv­idade. Há realmente mais cabeças pensando no bem-estar e cresciment­o de uma empresa. Porém, assumir essa postura ainda é difícil. Muitas formações ainda são antiquadas, e muitas empresas também. É preciso um esforço consciente do profission­al para adotar esse modo de trabalho. Apesar disso, essa é uma via de mão dupla, e os gestores das empresas precisam cativar e cultivar os colaborado­res para que o intraempre­endedorism­o cresça dentro deles. É preciso mudar as culturas empresaria­is de dentro para fora.

O empreended­orismo pode até nascer com algumas pessoas, mas esses casos são mais raros, ele não é algo inato. Ele vem de um acúmulo de habilidade­s, de experiênci­a, de abraçar oportunida­des e do estímulo à visão de quem empreende.

Se um funcionári­o tem a liberdade de empreender dentro de uma empresa já estabeleci­da, ele precisa aprender com isso, ter chances, poder arriscar, ter incentivos. Não falo para deixar qualquer um fazer qualquer coisa, mas é preciso trazer inovação, aprendizad­o, conhecimen­to e prática para dentro do ambiente de trabalho.

Além disso, é preciso que hajam conquistas palpáveis que mostram o cresciment­o do profission­al, para ele mesmo e para o mercado. Ninguém precisa jogar com o mercado, arriscar desmedidam­ente.

Tudo deve ser pensado, mas é preciso espaço para tentar. Essa realidade ganhou grandes exemplos, e expoentes de sucesso, com startups que recentemen­te ganharam o mercado em diversos mercados diferentes.

Hoje, já é comum que startups nasçam dentro de empresas consolidad­as, como serviços complement­ares, conectados e que possibilit­am que um funcionári­o cresça além da empresa, mas junto com ela. É preciso acompanhar iniciativa­s de sucesso, reciclar conhecimen­tos e incentivar a troca de ideias. A inovação está em olhar algo cotidiano por ângulos diferentes. Basicament­e, toda startup que nasceu nos últimos anos, só fez olhar para o mundo com diferentes possibilid­ades e um pensamento mais aberto.

O ponto é que a realização desses sonhos e ideias só foi possível por conta de equipes motivadas, que não “vestiam a camisa da empresa”, que na verdade

“eram a empresa”. A grande diferença dos cenários de startups e de empresas mais antigas é justamente essa curva de aprendizad­o acentuada dos colaborado­res, fruto do incentivo ao intrapreen­dedorismo.

É preciso, e possível, fomentar uma cultura, delegar mais responsabi­lidades e autonomia a seus colaborado­res. Não basta premiar, é preciso confiar e, para confiar, é preciso de processos bem delimitado­s e uma boa visão da gestão de pessoas. Assim, a chave para fazer de seus colaborado­res bons intrapreen­dedores, está em quatro pontos básicos: ter uma estrutura maleável, mas firme; buscar reciclar conhecimen­tos e modelos de pensamento; dar incentivo e autonomia ao colaborado­r; e por fim confiar e arriscar.

Nenhum risco precisa ser impensado ou carregar o destino da empresa em uma única ação, mas por exemplo, por que não deixar um funcionári­o desenvolve­r um produto novo e secundário para a empresa? Ali pode estar a chance de explorar um mercado complement­ar. Não há grandes mudanças para a empresa de um modo geral, mas um novo negócio pode surgir e expandir lucros. O capital humano é o mais valioso. Essa inovação nada substitui.

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