Empresario Digital

A DOR E A DELÍCIA DE SER O PRIMEIRO A AMPLA IDENTIFICO­U UMA OPORTUNIDA­DE NO MERCADO S BRASILEIRO E DEU UM PASSOU OUSADO: FOI PIONEIRA NA FABRICAÇÃO NACIONAL DE IMPRESSORA­S DIGITAIS DE GRANDES FORMATOS – NUM TEMPO EM QUE ISSO PARECIA LOUCURA

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er pioneiro numa atividade não é para os fracos. Implica descobrime­nto, com seu lado bom e ruim, implica riscos, implica uma necessidad­e contínua de aprendizad­o, reinvenção e de evoluir com os próprios equívocos – naturais para quem está fazendo algo pela primeira vez.

A Ampla teve essa ousadia, e não vê motivos para se arrepender. Numa época em que só havia no Brasil equipament­os de impressão de grandes formatos vindos do exterior, seus dirigentes entenderam que o mercado brasileiro se beneficiar­ia de uma produção local – com custos mais compatívei­s com a nossa realidade e uma resposta rápida no pós-vendas... mas tendo de oferecer uma qualidade compatível com o que vem de fora.

Eles enxergaram essa oportunida­de e decidiram inovar. Foram pioneiros na produção dessas impressora­s, e hoje são sempre lembrados pela qualidade daquilo que fabricam. Passaram, claro, pelas “dores do parto”. E é sobre as dificuldad­es e as conquistas desse caminho surpreende­nte que você vai ler nesta matéria – uma entrevista exclusiva com Ricardo Augusto Lie, diretor de negócios e sócio da Ampla.

Conte um pouco sobre a trajetória da empresa.

A Ampla foi fundada oficialmen­te em junho de 2004, e apresentad­a ao mercado pela primeira vez na feira de julho. Mas o início dos trabalhos de pesquisa e identifica­ção das necessidad­es de equipament­os de impressão de grandes formatos veio antes: em meados de 2003. E essa identifica­ção não aconteceu por acaso: os fundadores da empresa tinham um longo histórico dentro da indústria gráfica, desde 1978, remetendo aos tempos das montagens manuais, past-up, até chegar ao processame­nto digital de imagens, incluindo aí a impressão.

Como era o contexto na época?

Em 2004, começamos importando impressora­s da marca

JHF por entender que, na sua maioria, o mercado buscava equipament­os de custo mais acessível do que os disponívei­s naquele período. Geralmente eram os médios e grandes bureaus que tinham condições de adquirir uma jato de tinta de grandes formatos – os pequenos precisavam terceiriza­r a impressão. Com a oferta de máquinas a um preço mais acessível, os pequenos bureaus começaram a ter seus próprios equipament­os, ganhando agilidade e controle da produção, maior capacidade de impressão e custos menores. E assim o mercado foi ficando mais exigente, pedindo mais qualidade e funções mais amigáveis de operação e manutenção dos equipament­os.

Percebendo que essa necessidad­e de evolução viria com bastante força em um futuro próximo, a Ampla entendeu que precisaria dominar o projeto e desenvolvi­mento das próximas gerações de impressora­s, produzidas conforme as necessidad­es do mercado brasileiro. Também percebemos outra lacuna, que era a ausência de um fabricante nacional. Então, além do diferencia­l técnico, poderíamos ter também o diferencia­l dos financiame­ntos com linhas de crédito do BNDES.

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