Funcionário só se motiva por dinheiro
ssa frase foi o que eu ouvi de uma cliente, proprietária de lojas varejistas em São Paulo. Não nos cabe dizer sobre erros e acertos, e sim, de dados e práticas. Como assim? Bom, eu me explico.
acordo com pesquisas recentes de
Lori Goler, head de pessoas do Facebook, juntamente com a sua equipe, as pessoas das diversas gerações que já trabalham valorizam três aspectos no ambiente de trabalho: carreira, comunidade e causa.
O primeiro aspecto diz respeito a carreira, ou seja, ter um trabalho que lhe forneça autonomia, uso de suas habilidades, bem como oportunidades de progresso e desenvolvimento dentro daquilo que se dedica. Comunidade se refere a sentir-se respeitado, importante e reconhecido pelos outros - impulsionando seu senso de conexão e pertencimento. Trata-se também de convivência e relações profissionais.
Saber que você exerce um impacto significativo para a organização, contribuindo para o que ela faz diretamente, bem como para o bem no mundo, é o que se chamou de causa, o terceiro e último aspecto mais importante para as pessoas em um emprego.
Contrariando a crença de que a geração Millennium valorizaria mais significado e propósito, os pesquisadores constataram que a carreira seria algo levemente mais importante para essa geração. Sob a mesma perspectiva, em sua pesquisa, a PwC constatou que os jovens estão mais comprometidos com seu desenvolvimento pessoal e protagonismo no ambiente de trabalho.
Em geral, os profissionais estarão engajados com uma empresa em que permita esse crescimento e que se preocupe com sua evolução. O que nos leva a concluir que fatores financeiros são extremamente importantes, sim, porém, ao mesmo tempo, não são determinantes.
Portanto, a reflexão que nos fica é: de que forma temos traduzido os objetivos do negócio em objetivos para cada integrante de uma empresa, por exemplo.
Estamos proporcionando a clareza da importância e impacto direto no negócio que têm os funcionários?
E além disso, o quanto isso impacta diretamente seu crescimento como profissional.
Não tão distante a isso, o quanto temos criado condições para que esse profissional execute suas tarefas de forma autônoma (sem coibir posturas que não impactarão nos resultados e, ainda, deixando de querer controlar excessivamente ou “delargando” atividades sem monitoramento ou informações suficientes).
É necessário estabelecer com sua equipe, portanto, o que é importante para cada integrante, como que a empresa pode ajudá-los a executar de maneira ainda mais competente o que lhe foi passado e estimular de algum jeito a coletividade para que o item “comunidade” não seja esquecido.
Ainda que essa série de questões demandem tempo e energia de nossas agendas, não nos atentarmos a elas pode nos ocasionar um enfraquecimento no resultado, uma vez que independente do segmento do negócio, ele é feito de pessoas. Saber entender cada uma que trabalha com você, é de extrema importância.