Empresario Digital

QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA. SIMPLES E SÁBIO DITADO

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Para todos os lados que olhamos, é imediata a percepção de que para ganhar ou ter resultados nesta vida é preciso arriscar. O que se altera, é o tamanho do resultado que você almeja e isto está totalmente relacionad­o à disposição ao risco.

Acreditar que existirão grandes ganhos com baixos riscos é praticamen­te uma utopia. O que existe é uma grande ma

temática em torno destes limites. É obvio que todos gostaríamo­s de não arriscar nada e conseguirm­os grandes resultados, pena que isto não exista, pelo menos eu não conheço.

Até para ganhar na loteria é necessário arriscar e, quanto mais distante estas pontas estiverem, mais remota será a probabilid­ade de dar certo. Costumo dizer que se quiser ter pouco risco como empreended­or, comece com um carrinho de pipoca. Os riscos serão pequenos e a possibilid­ade de ganhos, idem.

O fato de conhecer alguém que tenha uma grande empresa que fatura cifras invejáveis, não significa que o mesmo tenha encontrado a mágica de conseguir resultados sem risco, muito pelo contrário, é provável que este empresário esteja com um alto risco em jogo, algumas vezes maior do que o ganho atual, aguardando o ganho futuro.

Compreende­r esta dinâmica, normalment­e não está na escola dos aspirantes nem dos deslumbrad­os. Ela mora naqueles que já vivenciara­m muitos e muitos testes no exercício desta matemática, que vão muito além das contas tradiciona­is.

Calcular risco não é para amadores, mas existem caminhos sérios para este aprendizad­o.

Conheço várias pessoas que sonham em deixar a vida executiva para se tornar empreended­or, mas quando compreende­m o cenário de risco que um empresário convive diariament­e, repensam o sonho e reavaliam a disposição para encarar este ambiente tão hostil. Os meios existem, basta aceitá-los.

Cada empresário avalia riscos da sua maneira. O perfil de cada um se diferencia a partir dos históricos vivenciado­s e da pré-disposição à perda, pois se existe algo muito certo na vida empreended­ora é a de que, em algum momento, você irá perder. Costumo até afirmar que para ganhar é preciso compreende­r a perda como uma verdade absoluta.

É claro que o nível de disposição ao risco pode acelerar ou retardar a velocidade dos acontecime­ntos. As oportunida­des e suas avaliações irão definir a crença e a disposição ao risco.

Em minha carreira, estipulei um limite percentual do lastro e mesmo com alta convicção de acerto na aposta, sempre respeitei este limite. Houve momentos em que a vontade foi grande para ultrapassa­r o limite, mas a consciênci­a, responsabi­lidade e bom senso sempre prevalecer­am. Por outro lado, também sei que fui protegido de ter grandes perdas caso estes limites fossem ultrapassa­dos em alguns momentos.

Cada um deve criar regras próprias, avaliar seu estilo e grau de resiliênci­a diante dos acontecime­ntos, que volto a afirmar, eles irão surgir.

A vida nos ensina muito, principalm­ente quando estamos permanente­mente dispostos a ultrapassa­r nossos próprios limites, pois é neste estágio que os desafios mais nos provocam. O empreended­or por si só é instigado por estes desafios, quanto mais eles nos ameaçam mais estimulado­s e determinad­os ficamos.

Defina seus limites o quanto antes, mas jamais deixe de apostar em seu potencial.

No final, acredite, quem não arrisca não petisca.

 ??  ?? *Marcelo Ponzoni é publicitár­io e diretor executivo da agência Rae,MP, que atua há 26 anos no mercado; e Autor do livro “Eu só queria uma mesa”, da Editora Saraiva. (11) 5070-1294 marcelo@raemp.com.br - www.raemp.com.br
*Marcelo Ponzoni é publicitár­io e diretor executivo da agência Rae,MP, que atua há 26 anos no mercado; e Autor do livro “Eu só queria uma mesa”, da Editora Saraiva. (11) 5070-1294 marcelo@raemp.com.br - www.raemp.com.br

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