Empresario Digital

QUEM SABE FAZ A HORA (NÃO ESPERA ACONTECER)

- Marco Marcelino, Publisher Twitter do editor: @marco_marcelino Twitter da revista: @revista_ESD www.empresario­digital.com.br (notícias todos os dias)

Oque define as nossas escolhas? O futurologi­sta Tiago Mattos, palestrant­e na segunda edição do DCX (Digital Commerce Experience), perguntou para a plateia: “Saber que amanhã você não estará vivo faria da sua escolha estar aqui agora?” Se a resposta é não, você também concorda que o futuro altera o presente, e as nossas escolhas precisam ser mais bem elaboradas. Quantas vezes não desperdiça­mos tempo com pessoas e atividades que, sabemos, não farão nenhum sentido para as nossas vidas?

Diante disso, conseguimo­s avançar com a ideia do quão caro é o nosso tempo. E também entender que cada vez mais precisamos melhorar a competênci­a de planejar, agir e mensurar. O ano ainda está em curso, mas é comum escutar de executivos que 2019 já acabou. “Nesse final de ano é provável que nada mais aconteça. Vamos deixar para o começo do ano.” Mas em se tratando de protelar, devemos considerar como “começo do ano” só o que vier depois do Carnaval?

Muitas vezes não nos damos conta de que ainda restam três meses para o final de ano e que, entre 1º de janeiro e o Carnaval, lá se vão mais outros três meses. Ou seja, quem antecipa o final do ano e adia o começo está perdendo metade de cada ano. Metade das oportunida­des de negócios. Metade da vida.

Talvez esse seja um dos motivos de crise nas empresas: esperar pelo tempo ideal em vez de construir novas janelas de oportunida­des. Como buscamos justamente o contrário nas nossas edições, exemplos de empresário­s que não esperam para fazer, tenho orgulho de trazer mais um empreended­or que faz seu próprio tempo – e se beneficia disso. Um homem do negócio de comunicaçã­o visual que, diante de equipament­os com tecnologia ultrapassa­da de solventes, decidiu mudar e já anuncia a terceira impressora UV gel.

Sim, estou falando do Ortega, esse rapaz simpático e sorridente que está na matéria de capa desta edição. O Brasil de hoje não é o melhor de todos os tempos, e talvez nunca será. Um país do futuro precisa de mentes inquietas e inconforma­das para que soluções sejam criadas. Ao deixar a tecnologia que utilizava solvente de lado, Ortega encarou o desafio de mostrar seus valores. A busca pela qualidade pode, sim, respeitar o meio ambiente e trabalhar em cima da economia de recursos plásticos – como foi o caso de substituir o processo de laminação.

Muitas vezes pensamos em preço como barreira de mudanças, mas o custo de não mudar pode tirar uma empresa do cenário competitiv­o. Manter clientes e o faturament­o é apenas um dos desafios do equilíbrio entre despesas e investimen­tos. No caso da empresa de Ortega, vemos um exemplo de arrojo na mudança associado a um propósito alinhado aos valores do seu empreendim­ento. Esse é o caminho.

Que possamos refletir cada vez mais na direção de fazer hoje algo de que tenhamos orgulho amanhã.

Abraço e até a próxima edição.

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