Estado de Minas (Brazil)

GALO E A VACINA

Atlético aceita proposta da Conmebol e 34 viajam ao Paraguai para receber a primeira dose do imunizante e enfrentar o Cerro Porteño-PAR amanhã, pela Copa Libertador­es

- PAULO GALVÃO

O Atlético viajou com elenco quase completo para Assunção, no Paraguai, onde enfrenta o Cerro amanhã, pela Libertador­es, para que os atletas sejam imunizados contra a COVID-19 a convite da Conmebol. A aplicação será no dia da partida.

O Atlético decidiu mandar o elenco quase completo a Assunção, pois aceitou a oferta de vacinação contra COVID-19 feita pela Conmebol. Assim, 34 jogadores viajaram ao país vizinho, local da partida de amanhã contra o Cerro Porteño-PAR, pela Copa Libertador­es. As exceções foram o zagueiro Bueno e o atacante Savarino, que ficaram em Belo Horizonte por “questões pessoais”. Na viagem à Colômbia, semana passada, 26 atletas integraram a delegação. Não está decidido quando os atleticano­s tomarão a segunda dose do imunizante, doado à Conmebol pelo laboratóri­o chinês Sinovac Biotech.

De acordo com comunicado emitido pelo clube alvinegro ontem, o imunizante será aplicado amanhã, em Assunção, capital paraguaia, onde fica a sede da entidade que rege o futebol do continente. No mesmo dia, a equipe enfrenta o Cerro-PAR, a partir das 21h, em 'La Nueva Olla', pela quinta rodada do grupo H. "Vacina é um assunto bem complexo. A gente é a favor, claro, e espera que todos se vacinem o mais rápido possível. Se o clube decidiu pela aplicação (da vacina), vamos tomar. O futebol vive momento difícil, assim como todo o país. A gente espera que as vacines cheguem para todos e a torcida possa voltar aos estádios, os estabeleci­mentos possam reabrir logo”, afirma o lateral-esquerdo Dodô.

Já o técnico Cuca seguiu o mesmo caminho quando questionad­o sobre o assunto há 10 dias: “Vacina é um tema importante e delicado. Se eu pudesse abrir mão para alguém que tem necessidad­e maior que a minha, eu abriria. Mas a gente não manda, a gente obedece. A gente está sempre viajando, em voos cheios, mas há outras pessoas que precisam mais”. Ele passou recentemen­te por grande apreensão, pois a mãe, Nilde, de 79 anos, passou 75 dias internada por conta da COVID-19, boa parte do tempo intubada. Ela deixou o hospital no último dia 5, o que foi motivo de comemoraçã­o não só de familiares, mas também da torcida atleticana.

CONSULTA “As vacinas são exclusivam­ente destinadas aos clubes que disputam as competiçõe­s da Conmebol”, disse o presidente do Atlético, Sérgio Coelho. “Não há motivo para não aproveitar esta oportunida­de”, completou. Segundo o clube, o mandatário alvinegro tomou a decisão de aceitar a vacina após conversa com o secretário-geral da Confederaç­ão Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, que o estimulou a dizer 'sim' à proposta da Conmebol. O protocolo da vacinação foi alinhado pelo diretor médico do Atlético, Rodrigo Lasmar, e o coordenado­r médico da CBF, Jorge Pagura.

A Conmebol recebeu 50 mil doses doadas pelo laboratóri­o chinês Sinovac Biotech. O imunizante começou a ser aplicado no fim de abril. O Atlético-GO, por exemplo, foi um dos clubes a ter sua delegação vacinada. Por outro lado, equipes como Lanús e River Plate preferiram seguir a fila estabeleci­da pelo governo da Argentina. A vacinação começou com as equipes que disputarão a Copa América e as que estão participan­do dos torneios internacio­nais da Conmebol (Libertador­es e Sul-Americana), até chegar às equipes masculinas e femininas da primeira divisão de cada país.

As vacinas são exclusivam­ente destinadas aos clubes que disputam as competiçõe­s da Conmebol. Não há motivo para não aproveitar esta oportunida­de”

■ Sérgio Coelho, presidente do Atlético

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PEDRO SOUZA/ATLÉTICO – 24/2/21 O zagueiro Gabriel e o lateral-esquerdo Dodô vão receber imunizante disponibil­izado pela Conmebol para as equipes

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