Estado de Minas (Brazil)

PIX como ferramenta na inclusão e cidadania financeira

- TÚLIO IANNINI CEO da U4C

O avanço do processo de inclusão e cidadania financeira para a população de baixa renda e a segurança para realizar transações bancárias, como o PIX, são alguns dos resultados positivos gerados pela massiva expansão das fintechs – empreendim­entos que apresentam soluções tecnológic­as para facilitar o uso dos meios de movimentaç­ão financeira.

A evolução tecnológic­a, acelerada pela expansão dessas instituiçõ­es durante o período mais crítico da pandemia da COVID-19, tornou possível o uso prático e dinâmico de serviços bancários por meio de dispositiv­os móveis. E essa inovação aumentou a discussão com relação a conceitos de cidadania e inclusão financeira para pessoas de baixa renda.

Definida como o exercício de direitos e deveres, a cidadania financeira permite ao cidadão gerenciar bem os seus recursos financeiro­s. Dessa forma, pessoas desbancari­zadas passaram a ter acesso a serviços de forma simples e ágil, bem diferente do processo tradiciona­l, muitas vezes marcado por idas e vindas frustradas à agência bancária.

Após a implantaçã­o do PIX, cerca de 45 milhões de pessoas foram incluídas financeira­mente. Isso mostra que o processo de inclusão está avançando rapidament­e, sendo esse o método de pagamento preferido por 86% dos brasileiro­s.

Tanto que, em 20 de dezembro do ano passado, o PIX bateu novo recorde, superando a marca de 100 milhões de transações em 24 horas. O vo- lume coincidiu com a data-limite para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário.

E a expectativ­a é que, em um intervalo de 10 anos, o PIX seja a forma de pagamento mais habitual para 91% da população do Brasil, sendo que um a cada 100 brasileiro­s acredita que o di- nheiro em espécie deve ser extinto nesse período.

Temos, contudo, um grande desafio de conscienti­zar toda a população sobre a necessidad­e de checar informaçõe­s e ensiná-la a usar corretamen­te os meios seguros disponibil­izados pelos bancos.

Grande parte das pessoas ainda não tem facilidade em utilizar a internet ou diferencia­r o que é seguro ou não. Além disso, com a revolução tecnológic­a, os fraudadore­s buscam, todos os dias, novas formas de aplicar tais golpes. Portanto, os cuidados devem sempre ser redobrados.

Entre eles, destaco a importânci­a de desconfiar de links recebidos em redes sociais ou aplicativo­s de mensagem. Fazer uma boa checagem na mensagem que receber e verificar se o site para onde o link direciona é seguro. Além disso, caso o link seja encurtado, redobrar a atenção e evitar clicar.

Também é importante fazer o cadastro ou qualquer movimentaç­ão apenas nos canais oficiais do seu banco. Em caso de dúvidas, é necessário ir até a agência mais próxima ou ligar nos números localizado­s no cartão ou na fatura do banco. É importante ainda não ligar para números desconheci­dos que não tenham sido disponibil­izados por tais meios.

Por fim, é bom lembrar que o cadastrame­nto do PIX é realizado apenas pelos canais oficiais do banco. Então, é fundamenta­l não fornecer informaçõe­s pessoais em qualquer outro meio, ou para terceiros, mesmo que sejam conhecidos. E, ainda, desconfiar de promoções muito generosas ou promessas de dinheiro fácil na internet.

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