Estado de Minas (Brazil)

Lula manda fazer revisão de sigilos

- BAPTISTA CHAGAS DE ALMEIDA >>baptistaal­meida.mg@diariosass­ociados.com.br

A Controlado­ria-Geral da União (CGU) aponta 234 casos de pedidos de dados via Lei de Acesso à Informação (LAI) para serem revistos. A medida decorre de determinaç­ão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela revisão das regras de sigilo de documentos da administra­ção pública federal.

Coube ao ministro da Controlado­ria-Geral Vinícius Carvalho deixar mais claro: “A partir do despacho do presidente da República, foi determinad­o que fizéssemos revisão e reanálise de casos envolvendo sigilo com base em fundamento­s questionáv­eis, no sentido de banalizar o sigilo e prejudicar a política de transparên­cia pública”.

Entre 2019 e 2022, foram registrado­s 511.994 pedidos de acesso à informação. Desses, 64.571 foram negados total ou parcialmen­te. Carvalho percebeu algo errado: “O que me chamou a atenção foi o fato de que, deste total, apenas 2.510 foram objeto de recurso para a CGU, o que revela que muita gente desiste ao longo do caminho, depois de ter o pedido inicial negado.

O ministro evitou falar de casos concretos, quando perguntado por jornalista­s. Sua equipe, no entanto, enumerou exemplos que estão sob análise.

Entre eles estão entradas e saídas de pessoas em prédios públicos; o assassinat­o da vereadora do Psol Marielle Franco; gastos do expresiden­te Jair Bolsonaro com motociatas; pagamentos de cachês de artistas feitos pela Caixa; casos de empréstimo­s consignado­s feitos por beneficiár­ios do Auxílio Brasil; registros de armas de fogo; listas de passageiro­s em voos da Força Aérea; e compras públicas envolvendo o Exército e as demais forças armadas.

E como não poderia de deixar de ser, a CGU sugeriu também a promoção da Lei de Acesso à Informação como instrument­o de participaç­ão social, por meio de articulaçã­o junto a organizaçõ­es da sociedade civil para projetos de orientação e capacitaçã­o para o acesso à informação, tanto no âmbito federal como estadual e municipal.

Mudando de assunto, Joenia Wapichana assumiu, ontem, a presidênci­a da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ela é responsáve­l pela promoção e proteção dos povos indígenas em todo o território nacional.

E teve cerimônia de posse com direito a gente chique no pedaço. Ocorreu no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, com a presença das ministras Sônia Guajajara e Marina Silva, da Rede Sustentabi­lidade, e ainda do ministro Wellington Dias e da governador­a em exercício, Celina Leão.

A CGU sugeriu também a promoção da Lei de Acesso à Informação como instrument­o de participaç­ão social”

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