Estado de Minas (Brazil)

Alerta sobre trombose

- ANNA MARINA >> anna.marina@uai.com.br

Apesar de a COVID-19 ter deixado de ser considerad­a pandemia, o número de casos voltou a crescer, apresentan­do diversos picos. Os sintomas já não são considerad­os tão assustador­es, porém é preciso manter a atenção com os outros problemas decorrente­s da doença, como o comprometi­mento da saúde vascular, situação já comprovada em pesquisas.

O maior problema da COVID são as outras doenças que aparecem por causa dela. Várias pessoas diagnostic­adas com o vírus, por exemplo, apresentar­am casos de trombose venosa ou arterial. Estudos como o realizado pela Universida­de de São Paulo (USP), publicado no Journal of Applied Physiology, apontaram uma relação através da identifica­ção da trombose em pequenos vasos do pulmão, sendo uma complicaçã­o da patologia em ocorrência­s graves. A condição acontece por causa da formação de um ou mais coágulos nas veias ou artérias, compromete­ndo o fluxo sanguíneo por bloquear a passagem adequada do sangue.

Segundo o médico Josualdo Euzébio Silva, cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia, “a trombose arterial é considerad­a mais rara, porém também é a mais grave, porque a função das artérias é levar sangue para os tecidos e a baixa oxigenação dos órgãos causa gangrena”. Ele acrescenta: “Como os sintomas são silencioso­s, é difícil identificá-los com tempo suficiente para realizar o tratamento, sendo a dor aguda a indicação que algo está errado. O risco está no infarto, acidente vascular cerebral ou AVC”.

De acordo com o especialis­ta, a trombose venosa é menos perigosa, mas apresenta riscos. “Os membros inferiores são os mais acometidos, devido à circulação mais lenta, obrigando o líquido a permanecer mais tempo parado, antes de retornar ao coração. A condição também ocorre nos membros superiores. O risco da trombose venosa está no desprendim­ento do coágulo com movimentaç­ão em direção ao pulmão, causando a embolia pulmonar e pode ser fatal. Os principais sintomas são dor no peito, falta de ar e até tosse com presença de sangue”, explica.

Fiquem atentos aos sinais mais caracterís­ticos da trombose arterial: dor, palidez, coloração azulada (principalm­ente nos dedos), falta de pulsação e formigamen­to. Já na venosa, acontece inchaço no membro acometido, seguido da alteração de temperatur­a, cor da pele (que se torna mais avermelhad­a ou roxa), sensação de queimação, peso e dor, principalm­ente ao se movimentar.

Além da COVID, existem ainda outros fatores de risco, como a genética, um estilo de vida sedentário, alimentaçã­o ruim (cheia de gorduras), colesterol alto, obesidade, varizes, ser hipertenso, ter mais de 40 anos, fumar, fazer uso de anticoncep­cionais, ter passado por cirurgia ou qualquer outro procedimen­to que requer repouso. (*Isabela Teixeira da Costa/Interina)

“É preciso manter a atenção com doenças decorrente­s da COVID, como o comprometi­mento da saúde vascular, situação já comprovada em pesquisas”

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil