TODAS AS HONRAS A AYRTON SENNA
Em dia de mais uma vitória de Verstappen, protagonista do GP Emilia-Romagna foi o brasileiro, morto há 30 anos, em Ímola
O holandês Max Verstappen liderou praticamente todos os giros do circuito de Ímola ontem, travou uma briga forte com Lando Norris no fim, mas cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, vencendo o Grande Prêmio da Emilia-Romagna de Fórmula 1. Líder do campeonato mundial, Verstappen chegou a 161 pontos, mas acabou não sendo o protagonista do dia na Itália. O GP foi marcado por homenagens a Ayrton Senna: foi no Autódromo Enzo e Dino Ferrari que o piloto brasileiro morreu, em 1994, em acidente que completou 30 anos no início deste mês.
Antes da corrida, o tetracampeão da F1 Sebastian Vettel guiou a McLaren MP4/8, carro usado por Senna em sua última temporada na escuderia britânica, em 1993. O alemão usava um capacete estilizado em referência ao conhecido acessório do tricampeão mundial.
O macacão e a balaclava tinham estampas semelhantes. E Vettel dirigiu o monoposto carregando uma bandeira do Brasil – exibiu também uma da Áustria, em referência a Roland Ratzenberger, outro piloto que morreu no mesmo circuito, um dia antes de Senna.
Ovacionado pelo público em Ímola, Vettel fez manobras performáticas com o carro depois de ter cruzado a reta final. Ele ainda visitou o espaço do complexo do autódromo onde está uma estátua em tributo a Ayrton, que virou um ponto turístico da cidade. “Foi um momento incrível. Estar aqui, 30 anos depois, guiando o carro, lembrando Ayrton e também Roland, é muito emocionante. Quando peguei a bandeira, a galera explodiu. Muitas emoções. Foi muito especial, um dos momentos mais emocionantes que já tive atrás de um volante", afirmou o alemão.
Ele relembrou sua infância, quando acompanha o pai, no sofá de casa, assistindo às corridas de Ayrton Senna. O alemão falou sobre a tristeza do pai há 30 anos, quando o brasileiro morreu após acidente em Imola.
SEM A CAMISA
Vettel, que deixou a F1 em 2022, organizou outras ações da programação do GP da Emilia-Romagna em memória de Senna e Ratzenberger. Na quinta-feira, houve uma corrida a pé pela pista, na qual boa parte dos pilotos atuais do grid estiveram com capacetes nas cores do de Senna e munhequeiras nas cores da bandeira austríaca.
Na ocasião, chamou a atenção o fato de Verstappen não ter vestido a camiseta criada pelo Instituto Ayrton Senna. Verstappen é genro do brasileiro Nelson Piquet, também tricampeão mundial, rival histórico de Senna. E igualou justamente no GP da Emilia-Romagna um recorde de Ayrton na F1: oito “pole positions” consecutivas. (Folhapress) ■
“Estar aqui, 30 anos depois, guiando o carro, lembrando Ayrton e também Roland, é muito emocionante. Quando peguei a bandeira, a galera explodiu. Foi muito especial”
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Sebastian Vettel Ex-piloto de F1