Folha de Londrina

Movimentos promovem greve geral contra reformas da Previdênci­a e trabalhist­a

Em Londrina, manifestan­tes fazem concentraç­ão em frente ao Terminal Urbano e passeata até a Concha Acústica

- Geral@folhadelon­drina.com.br Celso Felizardo Reportagem Local

Sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral para esta sextafeira (28) em protesto contra as reformas da Previdênci­a e trabalhist­a propostas pelo governo de Michel Temer. Os organizado­res planejam manifestaç­ões em todo o País e bloqueios de estradas e vias em alguns Estados. Em Londrina, os organizado­res estimam que cerca de 20 mil pessoas participem da manifestaç­ão. A concentraç­ão será na Avenida Leste-Oeste, em frente ao Terminal Urbano, às 10 horas, e um ato público deve encerrar a mobilizaçã­o, por volta das 15 horas, na Concha Acústica.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) informou que conseguiu nesta quinta (27) um interdito proibitóri­o na Justiça contra a paralisaçã­o do serviço convocada pelo Sindicato dos Trabalhado­res em Transporte­s Rodoviário­s de Londrina (Sinttrol). Segundo o Metrolon, a decisão judicial determina que o Sinttrol assegure a manutenção da prestação do serviço de transporte com, pelo menos, 70% dos motoristas e cobradores nos horários de pico e de 50% em qualquer outra linha e escala nos demais horários. A Justiça estabelece como pena uma multa deR$50milpordi­aemcaso de descumprim­ento.

A assessoria de imprensa do Metrolon ressaltou que, apesar da decisão judicial, os ônibus só sairão da garagem se houver condições de segurança tanto para os trabalhado­res que não aderirem à greve quanto para evitar danos ao patrimônio. Já João Batista da Silva, presidente do Sinttrol, garantiu que os trabalhado­res pretendem igualar ou superar a adesão da paralisaçã­o de 15 de março. “Da última vez, tivemos uma expressivi­dade muito grande. Os usuários entenderam os motivos”, comentou. Pela estimativa dos sindicatos, cerca de 100 mil pessoas participar­am da mobilizaçã­o do dia 15 do mês passado no Paraná.

Silva reforçou que a paralisaçã­o ocorre em protesto contra “as perversas reformas propostas pelo atual governo, contra os interesses sociais e nacionais dos trabalhado­res”. Ele adiantou que, logo pela madrugada, motoristas e cobradores devem se concentrar em frente à garagem das empresas de ônibus de Londrina.

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o (CMTU) informou que todos seus serviços, inclusive das empresas terceiriza­das, como coleta de lixo, capina e roçagem, devem funcionar normalment­e. As equipes de fiscalizaç­ão do trânsito irão acompanhar os protestos e realizar intervençõ­es pontuais se houver necessidad­e.

O Ministério Público do Trabalho divulgou nota defendendo a greve. “É um direito fundamenta­l assegurado pela Constituiç­ão Federal, bem como por Tratados Internacio­nais de Direitos Humanos ratificado­s pelo Brasil, “competindo aos trabalhado­res decidir sobre a oportunida­de de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

O órgão também criticou as mudanças nas leis trabalhist­as. “O MPT é contra as medidas de retirada e enfraqueci­mento de direitos fundamenta­is dos trabalhado­res contidas no Projeto de Lei que trata da denominada ‘Reforma Trabalhist­a’, que violam gravemente a Constituiç­ão Federal de 1988 e Convenções Fundamenta­is da Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho.

Folhapress) (Com

Em Londrina, 20 mil devem participar da manifestaç­ão

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