Atenção ao imposto de renda
Professor da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Guilherme Ribeiro de Macêdo, diz que a principal vantagem da carteira administrada é a personalização dos investimentos. “O investidor conta com pessoas que se dedicam a montar a carteira sob medida para o cliente.”
Muitas gestoras, segundo ele, além da uma taxa de administração entre 1% e 2% do patrimônio investido, cobram por performance. “Colocam no contrato que, se no final do ano, a rentabilidade foi maior que a do Ibovespa, elas ficam com 20% do valor ficou acima do índice da Bolsa”, conta.
O investidor tem de estar ciente que será tributado pelo CPF. “Toda vez que houver uma movimentação de recurso do investidor de um produto para outro, incidirá imposto de renda”, explica. Macêdo acredita que esse fator “engessa” a carteira administrada.
Para quem tem muito mais capital, segundo ele, uma alternativa melhor são os fundos exclusivos. Por serem CNPJ, não recolhem imposto em cada movimentação, só na venda da cota. “Mas esse é um negócio para quem tem R$ 15 milhões ou mais. Precisa ser auditado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais)e Cetip (integradora do mercado financeiro)”, alega.
De acordo com ele, a tendência é que os fundos exclusivos substituam a carteira administrada no futuro. “As auditorias estão ficando mais baratas”, justifica.
(N.B.)