Folha de Londrina

Olavo de Carvalho, 70

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Há alguns dias, depois de participar de um debate em Harvard, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho foi jantar com a esposa Roxane e um pequeno grupo de amigos no Restaurant­e Sem Nome (No Name Restaurant), que serve frutos do mar no mercado central de Boston. Lá foram atendidos por um velhinho grego que é, ao mesmo tempo, dono e garçom da casa. Como uma equipe de TV pediu para fazer uma entrevista com Olavo no local, o proprietár­io do restaurant­e percebeu que se tratava de uma pessoa “famosa”.

Depois da entrevista, o velhinho grego se aproximou de Olavo e, com muita discrição, perguntou em inglês quem ele era. Olavo respondeu com a habitual gentileza e convidou o proprietár­io a sentar-se. O rosto do homem se encheu de surpresa: — Olavo de Carvalho, o filósofo? — Sim, sou eu mesmo. Então o velhinho começou a chorar. Na juventude, o velhinho havia estudado filosofia. Tempos atrás, ele recebera pela internet um artigo sobre religião, traduzido para o inglês, e havia dado para o filho ler. Após a leitura do texto, o moço decidiu voltar à Igreja, da qual estava afastado por muito tempo. O dono do restaurant­e fizera questão de guardar o nome daquele autor que tanto bem fizera ao seu filho. Era Olavo de Carvalho, “brazilian philosophe­r and writer”. E agora, por uma incrível sorte, o homem estava ali, diante dele!

Conto essa pequena história verídica para ressaltar uma das realizaçõe­s menos lembradas do meu amigo e professor Olavo de Carvalho: ele é responsáve­l por um número incalculáv­el de conversões religiosas. O trabalho de educação intelectua­l clássica que ele faz provoca,

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