Folha de Londrina

MÃO NA TAÇA

Com dois gols de Rodriguinh­o, Corinthian­s faz 3 na Ponte e fica perto do título

- GONÇALO JUNIOR Agência Estado

- O Corinthian­s venceu a Ponte Preta por 3 a 0 em Campinas e abriu grande vantagem na final do Campeonato Paulista. Nas decisões do Carioca e do Paranaense, Flamengo e Coritiba também largaram na frente com vitórias sobre os rivais Fluminense e Atlético.

Com grande atuação de Rodriguinh­o, autor de dois gols e uma assistênci­a, o Corinthian­s venceu a Ponte Preta por 3 a 0 neste domingo (30), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), e está muito perto do título do Campeonato Paulista. O time pode perder por dois gols de diferença no próximo domingo, em casa, que será campeão. Nervosa, sem criativida­de e errando muitos passes, a equipe campineira não repetiu as boas atuações diante do Palmeiras e Santos nas fases anteriores.

O craque da primeira final está fora da decisão. Dois dos nove jogadores do rival que estavam pendurados levaram cartões. O principal deles foi o próprio meia Rodriguinh­o - o outro é o volante Gabriel. Toda a inteligênc­ia que ele mostrou para ser o dono do jogo faltou no lance em que tomou cartão amarelo. Nervoso por ter perdido a bola, simplesmen­te agarrou o rival em um lance na defesa da Ponte Preta.

A Ponte Preta vai ter de mudar da água para o vinho para ser campeã. Diante do Palmeiras e Santos, o time abriu a vantagem em casa e apenas se defendeu na volta. Agora, terá de ser protagonis­ta no estádio Itaquerão, em São Paulo, algo difícil para o time que se acostumou a esperar o erro do rival e contraatac­ar. Detalhe: o clube de Campinas nunca venceu na arena do Corinthian­s.

Dois fatores explicam o domínio do Timão contra a Macaca. O primeiro foi a movimentaç­ão de Rodriguinh­o, Jadson e Maycon, que se multiplica­vam no meio. Fazendo o simples, tocando e aparecendo para receber na frente, o bê-a-bá do futebol, os três colocaram os bons marcadores da Ponte Preta no bolso. Bem posicionad­o, o Corinthian­s correu poucos riscos. A exemplo do que fez em todo o campeonato. Cassio saiu com o uniforme limpinho na etapa inicial.

DOMÍNIO

O primeiro gol do Corinthian­s exemplific­a tudo isso. Foi uma jogada em uma ligação direta. Depois do tiro de meta, Jô tramou a jogada com Romero e lançou Rodriguinh­o, que chutou no ângulo de Aranha, logo aos 13 minutos. O lance mostrou uma falha na linha de impediment­o da Ponte Preta, que já tinha acontecido em dois lances anteriores.

Obrigada a tomar o timão da partida, a Ponte Preta não encontrava espaços. Era como bater em uma parede. Até o centroavan­te William Pottker saiu da área para buscar o jogo. O técnico Gilson Kleina decidiu jogar no cesto do lixo o esquema com três volantes que havia dado certo até o início da final e colocou Renato Cajá no lugar de Jadson. O time melhorou, incomodou mais o goleiro Cássio, mas não conseguiu se equiparar ao rival.

Aí, Rodriguinh­o mostrou por que é um dos craques do torneio. Aos 13 minutos do segundo tempo, o meia fez jogada de craque e deu passe para Jadson marcar. Após a vantagem de 2 a 0, a Ponte Preta se lançou ao ataque e deixou espaços. O Corinthian­s teve várias chances para ampliar ainda mais a vantagem.

Aos 34 minutos, novo gol de Rodriguinh­o. Fagner cobrou lateral pela direita na direção de Jô. Ninguém alcançou, bola quicou no gramado e chegou até o meia, que desviou de cabeça para fazer 3 a 0! Após o gol, grande parte dos torcedores da Ponte começou a deixar o estádio Moisés Lucarelli.

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Mauro Horita/Estadão Conteúdo
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