‘A maior dificuldade tem sido conseguir trabalho’
Em Londrina, muitos imigrantes na condição ou não de refugiados buscam o acolhimento na Cáritas Arquidiocesana, entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos.
“Apesar de não trabalharmos com encaminhamento profissional sempre há uma demanda nesse sentido, pois eles chegam aqui em busca de tudo”, comenta a coordenadora de projetos na Cáritas em Londrina, Andréia Vilar.
A atuação da entidade é no auxílio da regularização de documentos, porém Andréia afirma que esporadicamente empresários os procuram ofertando vagas de emprego. “Aí, de acordo com nossas possibilidades, colocamos algumas pessoas em contato”, diz.
A Irmã Maria de Fátima Pereira, da Pastoral do Migrante em Londrina, acrescenta ainda que ao contrário de anos anteriores, há agora um volume maior de mulheres vindo para o Brasil.
“A gente percebe que a maior dificuldade realmente tem sido conseguir trabalho. É claro que isso aumentou devido à crise que o País está passando, mas envolve outras questões também como o idioma, integração à cultura brasileira e até o preconceito”, pontua.
A Irmã lembra que no ano passado um grupo de mulheres haitianas que estão em Londrina e região participou de um curso de camareira, promovido pela Pastoral em parceria com o Rotary Club e Sesi. “No entanto, muitas delas seguem desempregadas”, completa.
Diante deste cenário, a Irmã Fátima ressalta que muitas mulheres têm buscado alternativas em outras localidades, o que dificulta ainda mais a obtenção de dados concretos sobre o número de imigrantes em Londrina e região.
Para o imigrante, ter um emprego é muito importante para sua integração no País. Por isso, toda iniciativa que visa facilitar esse processo, principalmente com o ensino da língua, dos costumes e do acesso à legislação, é muito positiva.
Quem compartilha essa Volume de mulheres vindo para o Brasil aumentou em relação aos últimos anos (M.O.) (M.O.)