Palhaços
De nacionalidades diferentes, dois palhaços, cada um à sua maneira, mostram porque causam medo e inquietação nas plateias especialmente nas salas escuras – já no picadeiro a coisa sempre foi bem diferente. Falando português, “Bingo” continua mais uma semana na programação, e vai bater de frente com Pennywise, o palhaço criado por Stephen King em “It” (A Coisa, tradução no Brasil),um de seus incontáveis best-sellers de recorte mais sangrento.
O primeiro, “Bingo”, é a cinebiografia do artista Arlindo Barreto (no filme ele é Augusto Mendes), um dos vários intérpretes (talvez o mais famoso) do palhaço Bozo, que reinou soberano nas manhãs do SBT durante a década de 1980. Famoso mas para sempre condenado ao anonimato – jamais foi reconhecido pelo público que divertia por só aparecer fantasiado e atrás de pesada maquiagem –, a frustração o levou às drogas pesadas utilizadas inclusive nos bastidores do programa.
O filme, que não é uma comédia (embora com momentos de comicidade), vem recebendo elogios da crítica por conta de várias virtudes e contabilizando bom público no circuito nacional. A direção é de Daniel Rezende, um dos melhores profissionais de montagem no Brasil, sendo inclusive nomeado ao Oscar da categoria pela edição de “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles. Rezende montou também filmes recentes famosos, como “Diários de Moto-