LUIZ GERALDO MAZZA
Não há motivo para pânico num povo com governos hábeis em calamidades.
Não há motivo para pânico num povo que conta com governos hábeis na produção de calamidades, dentre elas a maior de todas a corrupção”
Dos últimos projetos que completam o ajuste fiscal regional –o que mexe com a PM e reaproveita inativos e outras economias -, a previsão era de um ganho de R$ 200 milhões. Agora, só com a anistia do IPVA se perde R$ 223 milhões, algo que afinal lembra as fábulas educativas, especialmente, a do cão que roubou um pedaço de carne e atravessava o rio e, ao ver refletida nas águas sua imagem, quis se atracar no alimento virtual e o perdeu.
Embora o governo tente dar ao ajuste um sentido miraculoso, o melhor do Brasil, na verdade o que houve, como já disse, foi aqui malandragem de parque: sacaram R$ 2 bi anuais do fundo de pensão e, o pior, as despesas continuaram em progressão geométrica e a receita em escala aritmética. Inclusive com o varejo das ações municipalistas, partilha de recursos antes avaros agora mais à vontade, é muito conveniente para a campanha senatorial do governador o que já reflete nas pesquisas de sua credibilidade com melhoras substanciais.
Esse caso específico faz o contribuinte zeloso julgar-se um pateta, desses que espatifa sorvete na testa, e aí pode levá-lo pelo inconformismo e a revolta deixar de votar no atarantado gestor fazendário que descobre, como Pedro Bó, que a cobrança do tributo é maior que a receita.