Folha de Londrina

Família e escola devem se unir contra o bullying

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Família e escola precisam discutir mais a prática de bullying entre crianças e jovens e encontrar formas de combater esse mal, que rebaixa a autoestima e a autoconfia­nça das pessoas, levando-as a reações extremas. Foi o que aconteceu nesta sexta-feira (20) na escola particular Goyases, em Goiânia. Um adolescent­e de 14 anos, estudante do estabeleci­mento, levou uma pistola dentro da mochila e fez vários disparos. Dois alunos, de 12 e 13 anos, morreram, e outras quatro pessoas ficaram feridas. O atirador tem 14 anos e é estudante do oitavo ano. Filho de militares, o menino usou no ataque a arma da mãe. Alunos disseram aos investigad­ores que o adolescent­e que efetuou os disparos sofria bullying e tinha o apelido de “Fedido” porque não usava desodorant­e. O bullying é um problema mundial e dependendo do caso, os traumas podem acompanhar o indivíduo por toda a vida. Ele é caracteriz­ado quando uma ou mais pessoas têm atitudes grosseiras, agressivas repetidas vezes contra outro indivíduo. O resultado disso é dor e angústia. Quando acontece em ambiente escolar, a prática tira das vítimas o direito de ter na escola um ambiente acolhedor, seguro, construtiv­o, um local de aprendizad­o e desenvolvi­mento da cidadania. A FOLHA ouviu especialis­tas no assunto. A psicóloga e professora do Departamen­to de Psicologia Social e Institucio­nal da Universida­de Estadual de Londrina Solange Maria Beggiato Mezzaroba, doutora em educação, alerta que o problema está muito presente em Londrina, com índices semelhante­s a de outros países. Fato bastante preocupant­e que serve de alerta a pais e educadores: o bullying não pode ser tratado simplesmen­te como uma brincadeir­a de mau gosto. Trata-se de uma séria agressão com causas e consequênc­ias.

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