Folha de Londrina

Polícia diz que crianças mortas em São Paulo foram violentada­s

- Felipe Resk Agência Estado

- As meninas Adrielly Mel Severo Porto, a Mel, e Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, ambas de 3 anos, foram mortas por asfixia e depois estupradas em um barraco de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, no mesmo dia em que desaparece­ram. Segundo a Polícia Civil, este é o relato de confissão de Marcelo Pereira de Souza, preso nesta sexta-feira (20). Apontado como comparsa, Everado de Jesus Santos também foi preso.

Segundo a delegada Ana Paula Rodrigues, responsáve­l pelo caso, os dois estavam bebendo em um bar, quando viram as meninas brincando, na tarde do dia 24 de setembro. Então, ofereceram doce para atrair a atenção das crianças. “Eles já estavam de olho nas duas, porque as meninas ficavam brincando na comunidade sem a proteção dos pais”, disse.

Mel e Bia teriam sido levadas até um barraco, que pertencia a Santos. Lá, cada um estrangulo­u uma das crianças e depois as estupraram. Os suspeitos esperaram anoitecer para carregar no colo o corpo das crianças até uma Fiorino, abandonada na região há cerca de três meses. Por causa do mau cheiro, um vizinho encontrou os cadáveres dentro do veículo no dia 12 - Dia das Crianças.

Souza já tinha cumprido seis anos de pena, após ser flagrado estuprando uma menina de 7 anos, a filha da sua namorada, em 2005. Na delegacia, ele teria confessado ser um “maníaco sexual” e ter atração por crianças do sexo feminino - motivo pelo qual não dava banho na própria filha (uma menina de 4 anos). Também disse que foi vítima de violência sexual aos 12 anos, praticada por primos.

Souza confessou o crime após a mulher ir ao Departamen­to de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na noite de quinta-feira (19). “Ela disse que, no dia seguinte, ele confessou ter estuprado e matado as crianças - e ela não estava mais conseguind­o dormir com isso.”

São Paulo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil