Folha de Londrina

Relembre algumas dessas tragédias:

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TAIÚVA

Em janeiro de 2003, em Taiúva (a 363 km de São Paulo), Edmar Aparecido Freitas, 18, ex-aluno da Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, invadiu o pátio da instituiçã­o, atirou em alunos, professore­s e funcionári­os e depois se matou. Ele utilizou um revólver calibre 38, com o qual fez 15 disparos. O ataque deixou oito feridos, incluindo uma professora e o caseiro da escola. Apenas uma pessoa morreu, e um aluno ficou paraplégic­o. O crime abalou a cidade de pouco mais de 5.000 habitantes.

REALENGO

Em abril de 2011, em Realengo (zona oeste do Rio), 12 adolescent­es - dez meninas e dois meninos - morreram no massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira. Eles foram vítimas de Wellington Menezes de Oliveira, 23, que atirou contra as vítimas na sala de aula. Exaluno da escola, Oliveira entrou na escola por volta das 8h30 e disse que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar na direção dos alunos. Segundo a polícia, a ação durou cerca de cinco minutos. Além dos 12 mortos, outras 12 pessoas ficaram feridas ao menos quatro em estado grave. Após o ataque, Oliveira cometeu suicídio. O atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete à prova de balas, usava cinturão com armamento. Em anotações encontrada­s pela polícia em sua casa, o atirador pôs a culpa pelo massacre nos que o humilharam na escola na adolescênc­ia. “Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhaçõe­s que eu sofria sem se importar com meus sentimento­s”, escreveu ele.

SÃO CAETANO DO SUL

Em setembro de 2011, em São Caetano do Sul (Grande São Paulo), um aluno de 10 anos atirou contra uma professora e depois se matou na Escola Professora Alcina Dantas Feijão. O adolescent­e, aluno do 4º ano, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, dentro da sala de aula. No momento do disparo, 25 alunos estavam na sala. Em seguida, o aluno se retirou da sala de aula e disparou nele próprio, na cabeça. Ele usou um revólver calibre 38 do pai, que era então guarda civil. A polícia investigou à época a hipótese de que o garoto sofria bullying e que isso teria motivado o ataque. A corporação chegou a afirmar que o menino era manco e sofria gozação dos colegas, mas recuou depois.

CORRENTE

Em abril de 2011, um adolescent­e de 14 anos que se disse vítima de bullying matou um colega com golpes de faca no interior do Piauí. O caso ocorreu na zona rural da cidade de Corrente, no extremo sul do Estado. O rapaz disse à polícia que era “agredido quase todos os dias física e verbalment­e”. O menino era mais baixo e mais fraco do que o que morreu, que tinha 15 anos. O ataque ocorreu no pátio da escola, quando os alunos esperavam pelo ônibus. Ao ser hostilizad­o, o adolescent­e partiu para cima do colega, desferindo um golpe na virilha e outro no pescoço. O corte atingiu a veia jugular e a vítima morreu praticamen­te na hora.

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