Economia Solidária orienta e capacita
Para que famílias de baixa renda aumentem os ganhos mensais, técnicos e profissionais do programa Economia Solidária, ligado à Secretaria de Assistência Social de Londrina, orientam e capacitam os interessados em produzir e vender produtos por conta própria. Conforme a secretaria, aproximadamente 50 grupos fazem parte do projeto que começou em 2005.
Antes mesmo de ter acesso ao Bolsa Família, Suzete Jesus Soares, 47, começou a participar do grupo Crochê Ideal em que mulheres se reúnem para conseguir uma renda extra com a venda de produtos artesanais. Alguns anos depois, ela passou a contar com o apoio do governo federal. Eram, aproximadamente, R$ 60 mensais por meio do Bolsa Família, além de uma complementação dada pelo município. “Esse dinheiro me ajudou muito. Eu comprava leite. Estava com filho pequeno e o pai dele faleceu”, comenta.
Aos poucos, com a participação no grupo, a renda familiar aumentou. A mãe, a irmã e a sobrinha estão juntas na comercialização dos produtos. “Passei de dona de casa a empreendedora”, comemora Soares que, após cinco anos, deixou de receber o Bolsa Família. Por meio do Cadastro Único, ela também teve acesso à casa própria e a outros programas sociais.
Dayelen Stefany Alves, 22, faz parte do Economia Solidária há cinco anos. Ela e a mãe Mirian Alves, 40, recebem Bolsa Família. Depois de atuarem no setor de estética e beleza, a dupla decidiu investir no ramo da alimentação e criou o grupo Vovó Mia. A venda de kits de festa com bolos, doces e salgados ajuda na renda mensal. Bolos de pote e pães caseiros também fazem parte do leque de produtos.
Com orientação da equipe do programa municipal, ambas fizeram cursos de capacitação para aprimorar as técnicas na cozinha. “Com esse dinheiro já consegui fazer uma festa de aniversário para os meus filhos e ajudar em casa”, contou Dayelen. Aos poucos, a família conseguiu montar uma cozinha especial e agora faz a divulgação dos produtos nas redes sociais para incrementar as vendas. “O Bolsa Família ajuda, mas não é uma coisa Oliveira de Moura, reforça que o pagamento é apenas um benefício temporário. “As ações ofertadas pela Economia Solidária são propostas de superação de vulnerabilidade. Temos oficinas, grupos acompanhados por técnicos e profissionais do programa à disposição. A família tem que ser trabalhada para superar essa condição de vulnerabilidade e ter autonomia”, afirma.
para a gente se acomodar. Nem dá para se acomodar. É pouco. Ajuda a pagar algumas coisas, mas a gente tem que correr atrás”, destaca Mirian Alves.
A secretária municipal de Assistência Social, Nádia