Folha de Londrina

Protocolo inclui cadastro e triagem clínica

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O farmacêuti­co e bioquímico Paulo Hatschbach, diretor-geral do Centro de Hematologi­a e Hemoterapi­a do Paraná, explica que todos os hemocentro­s do País seguem a portaria 150 do Ministério da Saúde, que entre outras determinaç­ões define que homossexua­is só podem doar sangue com 12 meses de abstinênci­a sexual. “Temos que atender porque cumprimos a determinaç­ão”, disse.

Ele explica que o protocolo para doação de sangue inclui cadastro e triagem clínica, onde são feitas várias perguntas, inclusive se a pessoa é homossexua­l. “Quem teve mais de um parceiro sexual nos últimos seis meses, mesmo sendo heterossex­ual, também não pode doar”, acrescento­u.

Quando o doador é considerad­o apto, passa por teste de anemia e faz a coleta. Uma amostra é separada para sorologia e tipagem sanguínea. São testados HIV, HTLV 1 e 2, hepatite B, hepatite C, doença de Chagas e sífilis. Destas, apenas Chagas e hepatite B não são transmitid­os via sexual.

O diretor esclarece que o teste de ácido nucleico é aplicado em todas as amostras de sangue e tem capacidade para identifica­r doenças que tenham sido contraídas dez dias antes da coleta. “A janela imunológic­a é bem reduzida, mas sempre há risco. Um em cada cem mil doadores pode ter uma doença não detectada pela janela imunológic­a. Por isso, para proteger o receptor, as respostas dos doadores à triagem precisam ser muito honestas”, disse.(C.A.)

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