Setor espera por RenovaBio
O setor sucroalcooleiro espera com ansiedade que o Ministério das Minas e Energia implante o programa RenovaBio, proposto para estabelecer metas nacionais para os próximos dez anos de redução na emissões de combustíveis. A ideia é usar notas diferentes para cada tipo de matriz energética, em valor inversamente proporcional à intensidade de gás carbônico.
Dessa forma, será criado o CBIO (Crédito de Descarbonização por Biocombustíveis), um ativo financeiro, negociado em bolsa, emitido pelo produtor de biocombustível a partir da nota fiscal de comercialização dos produtos. Os distribuidores cumprirão metas e o governo terá maior controle sobre a sonegação fiscal.
A proposta está engavetada na Secretaria da Casa Civil da Presidência, envolta em denúncias que tomaram a frente de projetos voltados ao setor produtivo. O presidente da Alcopar (Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná), Miguel Rubens Tranin, contudo, acredita que é de interesse do governo apresentar o RenovaBio na COP-23 (Conferência Mundial de Clima da ONU), entre os dias 6 e 19 de novembro, em Bonn, Alemanha. “É um projeto inovador e que vai trazer a previsibilidade que o setor tanto precisa para programar investimentos”, diz.
(F.G.)