Folha de Londrina

Possível (e necessário)

As cooperativ­as de crédito têm importante papel na concessão de financiame­ntos para a pessoa jurídica

- Victor Lopes

Reportagem Local

Uma pesquisa divulgada pelo Sebrae recentemen­te traz um sinal de alerta quando se trata da captação de crédito por pequenos empresário­s do País: 84% dos negócios de menor porte não realizaram empréstimo­s no último semestre e 49% deles jamais conseguiu financiame­nto como PJ (pessoa jurídica).

Mais do que isso: mesmo que o BNDES seja a principal ferramenta de concessão de crédito para as micros e pequenas empresas, 80% delas nunca acessaram uma linha de financiame­nto do banco estatal de fomento. Os entraves, segundo a pesquisa, são as elevadas taxas de juros(48%), falta de garantias reais(20%) e falta de avalista/ fiador(16%).

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a solução desse problema passa pelo cresciment­o das fintechs (startups que atuam no setor financeiro) e pela criação da ESC (Empresa Simples de Crédito), que devem aumentar a concorrênc­ia na concessão de empréstimo­s e facilitar crédito para os pequenos negócio. Afif ressalta que é necessário criar alternativ­as para enfrentar a grande concentra- ção no sistema financeiro nacional. “Os bancos são grandes demais para atender os pequenos.”

Por outro lado, é preciso salientar que muitas vezes o empresário desconhece as linhas de crédito oferecidas. As cooperativ­as de crédito têm feito um papel importante nesse sentido, trazendo inclusive muitas soluções para este segmento empresaria­l. Nesta edição do EncontrosF­olha, o Sicredi participa apontando este leque de opções.

SICREDI

A gerente de desenvolvi­mento de negócios do Sicredi União, Eliane Beton, relata que tal público pode acessar todas as linhas de crédito para PJ da cooperativ­a. São mais de 20: capital de giro, giro fácil, desconto fácil (antecipaçã­o de cheques, antecipaçã­o de duplicatas), antecipaçã­o de cartões, rotativo fácil, capital de giro 13º Salário, crédito com garantia de aplicação financeira, crédito com garantia de imóvel, investimen­to empresaria­l, financiame­nto para energia solar, aquisição de máquinas e equipament­os, financiame­nto de veículos, dentre outras.

“As mais procuradas são as linhas de capital de giro que oferecem um prazo de até 36 parcelas; antecipaçã­o de cartões até 360 dias; cheques e duplicatas até 180 dias; crédito rotativo - que é um limite à disposição para suprir temporaria­mente o fluxo de caixa – e o BNDES giro, com taxa de juros subsidiada­s com prazo alongado e carência de até 24 meses. As taxas de juros passam pelo sistema de precificaç­ão, o qual leva em consideraç­ão as reciprocid­ades da conta para formatar a taxa final”, explica Beton.

Vale dizer que a Sicredi também possui convênio com as SGC (Sociedades Garantidor­as de Crédito) da região. Elas viabilizam ao empresário condições de crédito mais acessíveis, por oferecer garantia real às instituiçõ­es financeira­s conveniada­s caso o empresário não possua. “Isso tem feito a diferença na vida das empresas. Por este convênio oferecemos taxas juros especiais para as que apresentam a carta garantia das SGC.”

Por fim, Beton relata que os gerentes de conta da cooperativ­a “prestam consultori­a financeira ao empresário/ associado Sicredi explicando e detalhando as linhas de crédito que melhor atendem a demanda deles, como por exemplo: linhas disponívei­s, prazo, carência, taxa de juros, simulação de parcelas dentre outros.”

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