Folha de Londrina

Com açúcar e

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Aguinada na vida profission­al da microempre­endedora londrinens­e Renata Giachetto Maranho, 42 anos, teve início antes da crise, em 2011, e por conta da saúde do filho, que estava com cinco anos de idade. Naquela época, agravaram-se os sinais dos transtorno­s neurológic­os (produção de tiques) caracterís­ticos da Síndrome de Tourette. “Eu e meu marido trabalháva­mos demais e era preciso ter mais tempo para cuidar do nosso filho, primeiro para descobrir o que ele tinha de fato e depois tratá-lo.”

Renata deixou o emprego de gerente de vendas de uma multinacio­nal para se dedicar exclusivam­ente ao garoto. “Só que após dois anos, vi que era preciso voltar a ser produtiva de uma forma que eu tivesse flexibilid­ade de horários, e isso se daria somente tendo o próprio negócio”, resume.

Não demorou muito para ela concluir que o novo caminho estava na família. “Minha mãe Vera Lúcia vendia bolos confeitado­s maravilhos­os há 50 anos e, dentro de casa, resolvi incrementa­r a produção. Com todo o meu conhecimen­to administra­tivo, tivemos uma rápida resposta do mercado. Na véspera de Natal, vendemos mais de 60 quilos de bolo. Porém, meu filho piorou e precisei parar integralme­nte até o final de 2015”, conta.

Só que a página da Vessirrê Doceria na internet não foi desativada e muitos clientes seguiram tentando fazer encomendas. A vontade de fazer a diferença e seguir produtiva, apesar dos desafios da vida, levaram Renata a se dar uma nova chance, só que por um caminho diferente. “Mesmo sendo 2015, com crise, lidando com as oscilações do estado de saúde do meu filho e a vida como um todo, tinha na cabeça que só voltaríamo­s se eu montasse uma loja com tudo que imaginava para esse espaço”, afirma.

Ela caprichou no layout e papel de parede. “Queríamos um ambiente tão gostoso quanto os bolos e doces que produzimos de forma artesa- nal e com todo afeto. Foi o que fizemos, mesmo com muitas pessoas dizendo que estávamos erradas de investir nossas reservas em um momento de tantas incertezas”, recorda.

Para minimizar os riscos, ela contou com o respaldo do Sebrae/PR. Segundo Renata, via Sebraetec, que disponibil­iza serviços especializ­ados e customizad­os em sete áreas de inovação, ela agregou valor ao seu negócio e os resultados vão desde melhorias estéticas na logomarca até as estratégia­s na forma de apresentar os produtos. “Você nunca fala que não faz. E isso acarretou na ampliação do nosso mix de produtos que hoje engloba, além dos confeitado­s, bolos

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