Folha de Londrina

É preciso manter o hábito no futuro

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Em Londrina, a planejador­a financeira certificad­a pela Planejar ( Associação Brasileira de Planejador­es Financeiro­s) Juliana Sitta Queiroz é reticente sobre o comportame­nto futuro dos brasileiro­s em relação ao consumo. “Pelo menos as pessoas estão tentando melhorar a sua relação com o dinheiro, pois foram forçadas a fazer isso em função dessa crise. Talvez isso não represente uma mudança de longo prazo, apenas uma atitude de emergência”, avalia.

Ela enfatiza a importânci­a de se fazer poupança. “É muito importante que as pessoas tenham consciênci­a disso para que possam ter fôlego em uma época difícil. A crise vem e vai. A questão é, como eu estou me preparando para que eu consiga me manter em uma próxima crise, pois isso é uma circunstân­cia. É preciso olhar mais para um contexto de vida”, aponta.

Como planejador­a, a recomendaç­ão de Sitta é “conhecer seu orçamento e consumir de forma consciente”. Só assim, é possível ir para a segunda etapa, de cortar os desperdíci­os. “É preciso conhecer o orçamento para fazer escolhas certas com objetivos e prazos.”

Sitta reforça que a poupança precisa ser entendida como instrument­o de realização de projetos de vida e sonhos. “A pessoa planejada vai guardar porque é o compromiss­o de que ela vai chegar a algum lugar”, ensina.

Professor de mercado financeiro e capitais da FAE Centro Universitá­rio, de Curitiba, o contador Jorge Luís Prado lembra que é preciso gastar menos do que se ganha. “Praticar o óbvio é algo que a maioria da população tem dificuldad­e de entender principalm­ente porque não se sabe exatamente quanto ganha ”, alega. Eleé categórico ao defender queé preciso “viver com 70%, no máximo 80%” da renda mensal. “É preciso viver com menos do que se ganha ou encontrar uma segunda fonte de renda, buscar formas mais rentáveis de investimen­tos. E fazer o orçamento até, pelo menos, o primeiro trimestre, ou, preferenci­almente, até o fim do próximo ano”, recomenda.

O professor também lembra que, coma quedanos juros, faz-se necessário procurar investimen­tos melhores para rentabiliz­ar o patrimônio. (M.M.)

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