Umgiro pelos caminhos da Itália
Anão seras novas gerações e as inevitáveis modernidades, tudoévelhon aI tália. Vive-se ali duas épocas, porqueéim possível afastara presença marcante do passado e não vivenciá-lo. Acabo de revisitar esse fantástico país, e ali, lampejos da memória remota me assomam, eme vejo umcoadjuvante da obra que se plasmou no então poderoso império ao longo dos milênios, com mesclas de glórias, notáveis criações e também dominações, morticínios e as crônicas escandalosas de papas e dos doze césares. Parece que não se constrói impérios sem esses ingredientes...
Os italianos continuam galanteadores e românticos. Se uma mulher bonita passa, os homens olham e, se possível, dirigem-lheumgalanteio. Vou à pequena Treviglio, na província de Bérgamo, e ali revejo parentes cujos ancestrais do início do século passado não quiseram ou não puderam vir para o Brasil. Meus bisavós vieram, partindo dali. Desculpei-me pelo meu macarrônico linguajar italiano, e GianiMaccarini, o patriarca da família, disse-me que eu falava uma mistura do bergamasco e de idiomas regionais da Itália-a linguagem que aprendi com meus avós no Brasil. Fiquei lisonjeado.
Visito os vinhedos da região da Toscana, e ali se não se bebe um Brunello diMontalcino não se conheceu uma das preciosidades italianas. Igrejas monumentais ostentam arrojos de arquitetura. Sempre extasia entrar no Vaticano, no Duomo de Milão, na catedral de São Marcos em Veneza ena de Florença. Exclamo para Eneida - companheira de viagem( e quedá nome ao poema épico de Virgílio )- que os arquitetos extrapolaram em genialidade ao projetares ses templos, e sabe-selá quantos braços a erguer e sobrepor pedra sobre pedra, os pintores a inundar de afrescos paredes e tetos; e os escultores a extrair do mármore e do granito aquelas imagens “que só faltam falar”. (Em tempo: juntos nesta viagem tambémVanusa eWilmar, Silvana eViana).
Acada viagem que faço consta tomais e mais o óbvio: que os seres humanos são idênticos, pois têm iguais anseios, sentimentos e emoções, eme pergunto por que os homens criaram fronteiras, delimitando espaços e exigindo um documento como salvo-conduto para as pessoas se locomoverem de um lugar para outro nesta tão minúscula morada terrena.