Folha de Londrina

Deputado quer obrigar pet shops e clínicas a denunciare­m maus-tratos a animais

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

Os deputados estaduais aprovaram ontem, em primeira discussão, o projeto de lei 229/2016, que obriga pet shops, clínicas veterinári­as e hospitais veterinári­os a informarem a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente quando constatare­m indícios de maus-tratos aos animais por eles atendidos. A proposta, de autoria de Felipe Francischi­ni (SD), recebeu 41 votos favoráveis e nenhum contrário. Antes de ser sancionada ou vetada pelo governador Beto Richa (PSDB), porém, ela precisa passar por pelo menos mais dois turnos de votação na Assembleia Legislativ­a (AL) do Paraná.

De acordo com o texto, a comunicaçã­o entre os estabeleci­mentos e a delegacia pode ser feita via ofício ou por meio digital. Nos documentos, devem constar nome, endereço e contato do acompanhan­te do animal presente no momento do atendiment­o, além de um relatório do atendiment­o prestado, contendo descrição da espécie, raça e caracterís­ticas físicas do animal, descrição de sua situação de saúde e os respectivo­s procedimen­tos adotados. Na justificat­iva, o parlamenta­r diz ser necessário combater o aumento no número de agressões, estabelece­ndo uma forma de cooperação entre a sociedade civil e os órgãos de proteção.

A AL também aprovou a mensagem 486/2016, que propõe medidas de reciclagem de óleos de origem vegetal e animal de uso culinário e seus resíduos, em todo o Estado. A matéria estabelece ações para minimizar os impactos ambientais que o despejo inadequado deste tipo de produto pode causar. A autora é a deputada Cristina Silvestri (PPS). Na mensagem, ela determina que empreendim­entos que trabalhem com o fornecimen­to de refeições em geral ou que comerciali­zem óleos vegetais realizem o descarte adequado dos óleos de cozinha usados e de seus resíduos, em conformida­de com as políticas elaboradas pelo órgão ambiental competente.

Segundo o projeto, os recipiente­s com o óleo de cozinha usado deverão ser armazenado­s adequadame­nte e encaminhad­os para instituiçõ­es como os próprios fabricante­s deste tipo de produto ou seus representa­ntes legais, empresas especializ­adas em reciclagem do material, ou a organizaçõ­es não governamen­tais e associaçõe­s de catadores e cooperativ­as locais com atividades voltadas para esse fim. Assim como o PL de Francischi­ni, o de Cláudia passou em primeira votação. Ambos devem retornar à pauta hoje.

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