De passivo ambiental à fonte de receita
Os pecuaristas aproveitaram apenas de forma parcial as alternativas para elevar a eficiência e a renda por meio da redução da emissão de carbono no País. OPlano ABC (Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) oferece financiamentos para sete tipos de projetos diferentes e teve mais de 14 mil contratos aprovados entre 2013 e 2015, dos quais 28 ligados ao tratamento de dejetos de animais para geração de biogás ou de biofertilizantes. É esse tipo de projeto que oMapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) busca disseminar na criação de gado de corte e leiteiro para os próximos anos.
Os sistemas têm potencial para reduzir a incidência de doenças nos animais e elevar em30% a receita da propriedade, seja pela venda de energia elétrica ou de Por isso, oMapa promoveunasemanapassadaumfórumsobre o tema em Londrina, em parceria com a SRP (Sociedade Rural do Paraná), no Parque de Exposições Ney Braga. O objetivo é fazer com que a pecuária contribua para a meta nacional de reduzirem37% a emissão de gases causadores do efeito estufa até o fim desta década, já que a criação de gado tem grande responsabilidade no problema.
Somente pelo Plano ABC, cada produtor pode obter de R$ 2,2 milhões a R$ 5 milhões, com parcelamentoem12 anos, carência de oito e taxa de 7,5% ao ano. Como há poucos projetos de para geração de energia e de fertilizantes na pecuária de corte e de leite, não há modelos de resultados econômicos. No entanto, o consultor do Mapa Cleandro Pazinato Dias afirma que, com escala, o sistema se paga em período de três a cinco anos. “Em qualquer região do Brasil, as propriedades que conseguem fazer esse consórcio terão muito mais chances de sucesso do que as que jogam fora até 30% de receita em dejetos”, diz.
compostagem fertilizantes biológicos.