Folha de Londrina

Pátio ferroviári­o será retirado do centro de Rolândia

População reclama dos transtorno­s causados pelos longos períodos que os trens ficaram parados ou manobrando na região

- Pedro Marconi Reportagem Local

Rolândia

- Alvo de constantes reclamaçõe­s da população, o pátio ferroviári­o de manobras, que fica no centro de Rolândia ( Região Metropolit­ana de Londrina), será transposto para uma área localizada nos fundos do parque industrial Barra Grande, na entrada do município de quase 67 mil habitantes. A assinatura do convênio para a abertura de licitação para a mudança será realizada nesta terçafeira (21).

A obra é de responsabi­lidade do DNIT ( Departamen­to Nacional de Infraestru­tura de Transporte­s) com verba federal, totalizand­o um investimen­to de R$ 2,8 milhões. “Com essa mudan- ça, os trens irão manobrar longe do centro da cidade, não bloqueando mais as vias da região central, por onde passam muitas ambulância­s e veículos em geral”, explica Luiz Franciscon­i Neto ( PSDB), prefeito de Rolândia. “Não sabemos ainda o prazo total, mas a expectativ­a é que com a abertura da licitação demore cerca de seis meses”, projeta.

De acordo com o chefe do executivo local, há cerca de dois meses foi realizada uma reunião entre município, DNIT e a empresa de transporte ferroviári­o para acertar os detalhes deste novo percurso para manobras. “Eles deram a opinião deles para que chegássemo­s até um projeto que atendesse a todos. Este recurso foi obtido graças a duas emendas parlamenta­res, que somados dão o valor total”, disse.

VELHO PROBLEMA

A reivindica­ção de uma solução para os transtorno­s ocasionado­s pelos longos períodos que os trens ficaram parados ou manobrando no centro da cidade é antiga. Há dez anos, a FOLHA publicou uma reportagem que mostrava o descontent­amento dos munícipes com a situação. Na época já se discutia a mudança do pátio, que custaria R$ 1 milhão. Uma década depois, e com o cresciment­o do mu- nicípio, os problemas só pioraram.

“Em horários de pico, no começo manhã, tempo de almoço e início da noite, longas filas de veículos se formam nas ruas e avenidas que cruzam os trilhos. Muitas pessoas se desesperam ou ficam nervosas com a demora e costumam procurar outros lugares quando estão com muita pressa”, relata Delfin Torres, que é vendedor de frutas e verduras na rua Barão do Rio Branco, uma das vias em que os trens atravessam.

SOLUÇÃO POSITIVA

Pelo menos nove endereços têm o trânsito interrompi­do pelos veículos ferroviári­os, que normalment­e passam de quatro a cinco vezes por dia, demorando, em média, 30 minutos. Um dos locais é a avenida Miguel Liogi, trajeto para a PR- 170 e PR-323, importante­s rodovias que levam até os estados de São Paulo e Mato Grosso, além de cidades da região. Estudantes de uma universida­de particular também sofrem com o tempo de espera para poder atravessar o cruzamento.

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João Antônio Gomes: “Tomara que essa mudança realmente aconteça, pois será positiva”
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