Folha de Londrina

Black Friday exige atenção redobrada dos consumidor­es

Falsos descontos e golpe das lojas “fantasmas” estão entre as queixas apresentad­as ao Procon e à Proteste

- Magaléa Mazziotti Reportagem Local

ABlack Friday, que chega ao seu ponto de consagraçã­o nesta sexta-feira, 24, deve movimentar R$ 130 milhões somente no Paraná, segundo o portal BlackFrida­y.com.br, que idealizou a ação no Brasil. Há várias semanas, as lojas físicas e digitais se preparam para a data. Vale tudo para chamar a atenção do consumidor, que deve ficar esperto para não ser ludibriado.

Tanto para a aquisição de produtos, quanto de serviços, é preciso ficar atento para a maquiagem de preços, conforme orientam as entidades de defesa do consumidor. Muitas empresas aumentam previament­e o valor dos produtos para oferecer descontos no momento da promoção. Para se proteger de fraudes, os buscadores de preços na internet são uma boa ferramenta. A associação de defesa dos consumidor­es Proteste desenvolve­u um programa com essa finalidade que pode ser acessada gratuitame­nte no www.maisbarato. proteste.org.br/

O Procon-PR chama atenção para outro problema que envolve Black Friday, o “golpe da loja fantasma”, pelo qual criminosos oferecerem produtos e serviços em condições “imperdívei­s” como isca para terem acesso aos dados dos consumidor­es. Um maneira de se proteger desse golpe é conferir se, nos sites que apresentam as promoções, constam todos os dados do fornecedor. Deve-se desconfiar se apenas for informado um telefone celular para contato. A loja precisa divulgar seu CNPJ, que pode ser checado no site da Receita Federal.

Também é importante saber, para quem quer aproveitar a data mais importante do comércio eletrônico, que o artigo 49 do CDC (Código de Defesa do Consumidor) garante a devolução do produto. O consumidor tem o direito de desistir da compra no prazo de sete dias corridos, a contar da data do recebiment­o do produto ou anuência do contrato. Caso desista da compra dentro desse prazo, os valores eventualme­nte pagos deverão ser devolvidos.

Segundo o Procon-SP, que monta plantão em toda Black-Friday, na edição de 2016 foram registrada­s 2.040 atendiment­os. Os principais problemas relatados foram: pedido cancelado sem justificat­iva (35,6%), produto/serviço anunciado indisponív­el (11,8%), mudança de preço ao finalizar a compra (11,5%) e maquiagem do desconto (8,7%).

A empresa mais reclamada foi a Adidas, seguida pelos grupos Pão de Açúcar (Pão de Açúcar, Extra, Pontofrio e Casas Bahia) e B2W (Americanas. com, Submarino e Shoptime).

A cada nova Black Friday, mais produtos e serviços são ofertados em promoção. Os intercâmbi­os estão entre eles. “As ofertas devem ser aproveitad­as para se realizar sonhos já estruturad­os”, diz o diretor da IE Intercâmbi­o, de Curitiba, Marcelo Melo. No site da empresa, os consumidor­es devem fazer précadastr­os para receberem as promoções que serão conhecidas somente na madrugada da sexta-feira. “Como o nosso produto envolve negociaçõe­s com as entidades que representa­mos no Brasil, essa ação vem sendo organizada há três meses e quem acompanha o preço verá que iremos disponibil­izar descontos de 20% a 50%”, assegura o diretor.

Melo orienta os consumidor­es que pretendem aproveitar a Black Friday para contratare­m intercâmbi­os que desconfiem de escolas “absurdamen­te baratas”. “Na Irlanda há várias escolas baratas, mas não são conceituad­as. Na dúvida, confira se a escola conta como selo da Belta (Belta Brazilian Educationa­l & Language Travel Associatio­n)”, orienta.

INTERCÂMBI­O

Clientes devem desconfiar de sites que informam apenas telefone celular

(Com Folhapress)

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