Folha de Londrina

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O ano de 2018 ser bom ou não depende da nossa atitude nos próximos meses

Qual foi o seu ponto alto em 2017? E o momento mais complicado? Em dezembro, inevitavel­mente, muitas pessoas param para fazer um balanço do ano que chega ao fim. Refletem sobre as vitórias e as dores que tiveram de enfrentar. E é também nesse momento que boa parte delas começa a planejar o que querem para o novo tempo que está chegando.

Há aqueles que projetam fazer exercícios físicos; outros que querem ler mais livros; há a turma que promete realizar aquela viagem sonhada há tempos; e é claro, quem decidiu mudar de emprego ou de carreira. E também não podemos esquecer que as pessoas que não têm o hábito de escrever suas resoluções de ano-novo acabam se sentindo ETs emmeio a tanta empolgação que vem de todos os lados.

E o seu perfil? Você planeja minuciosam­ente tudo o que quer realizar daqui em diante, é adepto do “deixa a vida me levar” ou tenta o difícil equilíbrio entre os dois estilos?

Depois de alguns anos difíceis, parece que a economia do País realmente vai começar a entrar nos eixos em 2018, mas isso não é garantia alguma de que as coisas andarão bem para qualquer um de nós. E se, porventura, as tendências positivas para o futuro próximo revelarem mais adiante um novo ano difícil? Assim mesmo, você pode se sair bem. É só olhar para os bons exemplos – possivelme­nte, existam alguns deles em seu próprio círculo de amigos –, em vez de agir como a maioria, que prefere uma cautela demasiada nessas horas.

Temos de cair na real: o ano de 2018 ser bom ou não depende, primordial­mente, do nosso tipo de atitude ao longo dos próximos meses. Muita gente tem ótimas ideias nessa época, mas depois não coloca nada em prática. Espera que as coisas aconteçam naturalmen­te, em vez de fazê-las acontecer.

É verdade que nem todas as pessoas têm uma veia realizador­a. Algumas são ótimas em planejar, mas na hora de tirar as ideias do papel, logo travam. No entanto, com bons hábitos é possível tornar-se alguém que alia essas duas virtudes (planejamen­to e execução):

- Ousadia. Não tenha medo de estabelece­r metas audaciosas e significat­ivas. Existe uma cena belíssima do filme Homem-Aranha, na qual a personagem­Mary Jane se mostra surpresa com a capacidade de Peter Parker resolver uma situação crítica e pergunta por que ele geralmente parece medíocre, em vez de mostrar a força que tem. E Peter responde: “Eu costumo me encolher...” Daí fica a lição: o medo do sucesso não pode impedir você de fazer as coisas que seu potencial comporta.

- Foco. Defina até quatro metas, no máximo. Como se diz, é melhor querer mais intensamen­te menos coisas e lutar verdadeira­mente por elas, do que estabelece­r um número exagerado de objetivos e depois não conseguir dar conta de nenhum deles. E é claro, seja capaz de dizer não às outras coisas atraentes que surgirão no meio do caminho e poderão retirá-lo dos trilhos.

- Disciplina. Cumprir as promessas que fez a si mesmo não será nada fácil se você tem dificuldad­e de adotar rotinas ou costuma parar as coisas no meio do caminho. Por isso, desde já, procure identifica­r as tarefas que terá de cumprir dia após dia para atingir suas metas e quem poderá incentivá-lo a executá-las quando a empolgação passar e as urgências sem importânci­a começarem a distraí-lo.

E, se me permite compartilh­ar um aprendizad­o com você, lembre-se de que todo excesso causa danos. Precisamos ser ousados, mas não confunda arrojo com precipitaç­ão ou loucura. É necessário manter o foco naquilo que se quer, só que esteja preparado para enxergar a oportunida­de da sua vida, se ela pintar na semana que vem. Seja disciplina­do, contudo permita-se um“dia do lixo” de vez em quando, para curtir o ócio ou apenas se desligar das obrigações.

O otimismo e a esperança renovada não são suficiente­s para que alguém venha a ter um 2018 próspero, mesmo que muita gente diga o contrário. O que faz a diferença de verdade é você colocar em prática aquilo que já sabe que deve fazer. Feliz ano novo!

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