Folha de Londrina

Orações budistas na hora virada

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Para os praticante­s do Budismo Primordial, a virada do ano é o momento ideal para agradecer pelo ano que passou e pedir que o novo ano seja ainda melhor. Por isso, no templo Hompoji, em Londrina, muitos fieis passarão o réveillon fazendo orações. A prática faz parte da vida da atendente de call center Karen Sayuri Campos desde a infância. “Para mim, o diferente é passar o Ano Novo em outro lugar”, conta.

O ritual budista começa às 23 horas do dia 31, quando são feitas as orações de agradecime­nto. Logo em seguida, à meia- noite, são feitas as orações pedindo que o novo ano seja ainda melhor. “É uma data muito importante, como se fosse o Natal dos cristãos”, compara. Depois da cerimônia, os fiéis compartilh­am o sobá – macarrão com molho à base de shoyu que representa a longevidad­e – e o moti, um bolinho feito de arroz que representa resistênci­a. “É uma data es- pecial para me conectar espiritual­mente. É um dia para renascer”, avalia ela.

A repositora Jennyfer Agatha Pereira não tinha nenhuma prática espiritual até conhecer o budismo em 2014. “Uma amiga me convidou e senti uma energia diferente. As celebraçõe­s são em português, o que ajuda a entender a mensagem. Gostei tanto que me c o n v e r t i ”, c o n t a . De s d e 2014, também, ela passa o Ano Novo no templo. “É totalmente diferente de tudo que já fiz. Sinto que começo o ano protegida”, diz.

Como os pais dela também se convertera­m ao budismo, eles passam o Ano Novo em família. “Hoje em dia é difícil ter fé. Quando me decidi a desenvolve­r isso, foi maravilhos­o”, avalia.

(C.A.)

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