‘Conheci a instituição e não saí mais’
Doença severa, o câncer debilita muitas pessoas, seja no físico ou emocional. Por isso, toda ajuda neste momento de dificuldade faz a diferença. Na Tok de Amor, os pacientes encontraram o complemento para o tratamento, como o caso da empregada doméstica Angelina Rita de Oliveira. Moradora de Ribeirão do Pinhal (Norte Pioneiro), ela descobriu uma câncer de mama no início de 2017.
Desde então, precisa vir quase todos os dias ao Hospital do Câncer para consultas e tratamento, acordando às 4h da manhã. “Eu trabalhava em Curitiba e tive que me afastar para poder tratar em Londrina. Foi então que conheci a instituição e não saí mais. É um lugar muito bom para ficar, descansar e as pessoas nos tratam muito bem. Se não fosse essa casa, os pacientes não teriam onde ficar. Me sinto em casa”, destaca ela, que está em fase final de tratamento.
Enfrentando pela segunda vez um câncer de mama, a executiva de negócios Josiane Cristina Atayde busca compartilhar sua força de vontade com outras pessoas. Voluntária na instituição desde o início, ela ajuda na venda de rifas, promoções, entre outras demandas. “Já sofri bastante. O tempo que dedico à ONG acaba ocupando minha cabeça e dando força para continuar focada no tratamento. Futuramente espero dedicar mais tempo”, projeta. “É uma fase e vou vencer.”
Com a ajuda da instituição e de amigos, Oliveira comemora o fato de estar na reta final de tratamento, o que lhe permitirá voltar ao trabalho em breve. “Todo mundo na minha cidade rezou por mim. Quando descobri o câncer não fiquei triste. Só coloquei nas mãos de Deus e pedi para eu ser calma e não ficar deprimida. Tentei ao máximo isso e consegui”, celebra.
Segundo Atayde, o fato de estar com câncer tem feito com que reveja a vida e os problemas de outra maneira. “Passamos a valorizar coisas que não valorizávamos. Vemos que, se não aproveitar bem, a vida passa e você não percebe. Então, é uma maneira de começar a ver as pequenas coisas de forma diferente e aprender a dar valor para situações que não tinham tanto significado”, emociona-se.
(P.M.)