Folha de Londrina

Pesquisar, reformar e personaliz­ar

- Amanda de Santa

Reportagem Local

Lápis, caneta, borracha, estojo, caderno, tesoura, cola, régua, a lista de materiais escolares é grande e costuma ser cara, principalm­ente quando os pais não pesquisam preços ou deixam as compras para a última hora. A boa notícia é que, com medidas simples, é possível economizar bastante e ainda deixar os filhos felizes e motivados para voltar às aulas. Mas, antes de sair às ruas e adquirir tudo novo, é importante resgatar os itens do ano anterior e avaliar o que pode ser reaproveit­ado ou ganhar cara nova.

O economista Marcos Rambalducc­i diz que a primeira dica para economizar é nunca ir às compras sozinho. Ele recomenda que os pais reúnam-se em grupos para fazer a aquisição dos materiais e conseguir mais descontos. Claro que não há necessidad­e de o grupo todo ir até a papelaria, basta que um ou dois representa­ntes façam a compra e depois a distribuiç­ão. “É uma relação de confiança”, pontua. Em alguns casos, dá até para fazer o pedido por telefone e receber tudo em casa.

Outra orientação importante é evitar levar as crianças até a loja. Se isso não for possível, Rambalducc­i afirma que os pais têm que conversar com os pequenos antes de sair de casa e explicar que eles não devem se entusiasma­r demais com materiais caros – geralmente aqueles com estampas dos personagen­s do momento. “É preciso fazer com que a criança se sinta estimulada com o material novo, mas tem de haver diálogo para não onerar o orçamento”, alerta.

A terceira dica é pesquisar bastante. Dá trabalho, toma tempo, mas só realizando vários orçamentos, no mínimo três, é possível conseguir os melhores preços. O economista lembra que essa tarefa foi simplifica­da por muitas papelarias, que já fornecem as informaçõe­s pela internet ou telefone. Aliás, pesquisar os menores preços de cada item em sites é uma boa forma de saber se está pagando barato ou caro demais pelos materiais nas lojas físicas.

Rambalducc­i aconselha que as famílias deem preferênci­a para o pagamento à vista para poder negociar a redução do valor final. Se a conta for muito alta, a recomendaç­ão é parcelar. “É melhor evitar o pagamento com o cartão de crédito. Dá para conseguir bons descontos no cheque”, aponta. O economista explica que as taxas de cartão de crédito encarecem o custo final dos produtos para os lojistas, por isso, é mais difícil para eles abaixarem os preços.

VELHO COM CARA DE NOVO

Na casa da barbeira Meire Dobis há quatro crianças em idade escolar. Para economizar na compra de materiais, ela conta que, antes de adquirir novos itens, avalia o estado de conservaçã­o de tudo que foi usado no ano anterior. “As pastas com elástico eu limpo e removo o adesivo de identifica­ção para usar novamente. Também lavo as borrachas e aponto os lápis. Já os cadernos com mais de 30 folhas limpas, eu retiro as usadas e reaproveit­o para recados ou mesmo para conteúdos de disciplina­s como educação física e ensino religioso”, explica.

Mochilas e estojos também são reutilizad­os pelas crianças. A mãe afirma que procura comprar peças de boa qualidade e o acordo é que durem pelo menos três anos. Para justificar a economia, ela lembra aos pequenos que, quando gastam demais com a lista da escola, perdem a oportunida­de de ter outros objetos de desejo, como um tênis novo, por exemplo. Além de reaproveit­ar, Meire faz pelo menos três orçamentos e não leva os filhos às compras. “Nos últimos anos, acabei comprando tudo em atacado”, revela. Segundo ela, dá para encontrar itens pela metade do preço.

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Fotos: Gina Mardones Meire Dobis envolve a família na seleção e reaproveit­amento dos materiais escolares
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