Escolas incentivam
Salas de aulas com mesas colaborativas estimulam a criatividade, comunicação e o trabalho em equipe
Omundo está em constante transformação e a escola tem papel fundamental na preparação de crianças e jovens para os desafios futuros do mercado de trabalho e da vida em comunidade. Uma das tendências no ensino, que tem demonstrado resultados consistentes em instituições de referência no exterior, é o incentivo ao trabalho colaborativo em sala de aula. Carteiras enfileiradas abrem espaço para mesas maiores, que acomodam grupos de alunos e possibilitam o saber construtivo, a troca de conhecimento e experiências.
A psicopedagoga Viviany Freire diz que, para acompanhar a evolução da sociedade e enfrentar a era tecnológica, as escolas terão de modificar os seus espaços de aprendizagem. No modelo tradicional de ensino, o professor atua como protagonista e o conhecimento fica concentrado basicamente nele e nos livros e apostilas. Mas isso tem mudado. Ela conta que algumas escolas têm incentivado a troca de saberes entre indivíduos do mesmo grau de inteligência e cognição. O professor, neste caso, atua como mediador entre o conteúdo apresentado e os alunos.
A função do educador é lançar a proposta de trabalho, organizar os grupos e os papéis que cada integrante terá de desempenhar, e instigar a pesquisa e busca por conhecimento. “O professor deve respeitar o nível de aprendizagem de cada um na equipe”, afirma a psicopedagoga. Desta forma, os alunos tornam-se protagonistas do próprio aprendizado. O educador media as discussões, acrescenta informações relevantes sobre os temas e faz o fechamento do trabalho. Ele também é responsável por garantir o rodízio de funções entre os estudantes.
Mas as aulas não precisam ficar limitadas ao espaço físico da escola. Podem ser complementadas com passeios e visitas relacionadas ao conteúdo estudado e que contribuam para a construção do conhecimento. Para Freire, ficar preso apenas a livros e apostilas é subestimar a inteligência e capacidade da criança e adolescente. Quando são instigados a compreender o assunto proposto por meio do próprio esforço e dedicação, os alunos constroem uma aprendizagem mais significativa e dificilmente esquecem o que estudaram.
O trabalho em grupo é importante porque ensina mais do que apenas o conteúdo das disciplinas regulares. Viviany aponta que os alunos aprendem também a respeitar o diferente, entendem que é possível errar e mudar de opinião. “As redes sociais, muitas vezes, nos mostram um mundo perfeito, de faz de conta”, pondera. Quando a criança ou adolescente está em casa sozinho, acaba preso apenas à realidade da internet. É na escola que ele tem a oportunidade de conviver com os pares, viven-