Folha de Londrina

Para depois da aula

Esportes, música, dança, estudo de outros idiomas complement­am o ensino e ajudam as crianças a desenvolve­rem novas habilidade­s; mas é preciso equilíbrio na rotina

- Amanda de Santa Especial para a FOLHA

Cada vez mais vidradas na tela do celular ou imersas em jogos eletrônico­s, as crianças de hoje dedicam pouco tempo para brincar e, principalm­ente, movimentar o corpo. Sem poder sair às ruas ou mesmo de dentro do apartament­o, ficam com pouco espaço para gastar energia e estimular a criativida­de. Por isso, as atividades no contraturn­o, como esportes, música, dança, ensino de novos idiomas, são importante­s aliadas do processo de desenvolvi­mento cognitivo e motor dos pequenos.

A psicopedag­oga e professora do departamen­to de Educação da UEL (Universida­de Estadual de Londrina), Rosa Maria Junqueira Scicchitan­o, diz que as atividades complement­ares ajudam as crianças a desenvolve­r atenção, concentraç­ão, persistênc­ia, paciência, resistênci­a à frustração. Aulas de artes, com desenhos e pinturas, música, jogos de tabuleiro, participaç­ão em projetos e rodas de leitura são alguns exemplos de como ocupar bem o tempo da criança em idade escolar.

Rosa cita ainda outras possibilid­ades, como aulas de culinária, cultivo de horta, prática de esportes. Segundo a psicopedag­oga, hoje, as tecnologia­s deixam as crianças ansiosas e apressadas, por isso, é necessário dosar o uso de equipament­os eletrônico­s. “Eles são importante­s, mas devem ser combinados com outras atividades”, explica. A recomendaç­ão é que os pais incentivem os filhos a experiment­ar algumas atividades de forma orientada e deixar que eles escolham o que mais gostam de fazer.

As aulas ou esportes no contraturn­o são importante­s, mas devem ser dosados pela família, para que a criança não fique sobrecarre­gada demais com tantos compromiss­os. “Ela precisa de tempo ocioso para brincar, criar, descansar”, avisa a psicopedag­oga. Se ficar cheia de obrigações, a criança fica cansada, irritada, desatenta, triste, e não vai se apegar a nada, porque faz as coisas porque os pais mandam e não porque tem vontade.

O IMPORTANTE É MOVIMENTAR-SE

A personal trainer e professora de educação física do maternal ao fundamenta­l II do Maxi, Vilmara Terci Esteves, indica aos pais o resgate de brincadeir­as do passado, como soltar pipa e jogar bola. Segundo ela, é importante a família participar das atividades e incentivar a prática de exercícios físicos ainda na infância. A partir dos seis meses de vida, já é possível matricular o bebê na natação. O esporte ajuda a criança perder o medo da água, desenvolve­r a parte motora e melhorar o sono.

Na escola, a professora conta que a aula de educação física é direcionad­a de acordo com a faixa etária dos alunos. Para crianças entre um ano e

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A natação é boa alternativ­a, pois ajuda no desenvolvi­mento motor da criança
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