Folha de Londrina

PENTE-FINO

Da última quinta-feira até esta terça, apenas um estabeleci­mento na cidade apresentou “bomba baixa” e foi autuado; órgão diz que blitze continuam

- Simoni Saris Reportagem Local

Ipem vistoria postos para verificar irregulari­dades em bombas de combustíve­l; um estabeleci­mento foi autuado

OIpem (Instituto de Pesos e Medidas) iniciou neste mês a Operação Londrina, para fiscalizar os postos de combustíve­is da cidade. As blitze começaram na quinta-feira (18), e até esta terça-feira (23) em torno de 26 estabeleci­mentos receberam a visita dos fiscais do instituto. A expectativ­a é percorrer os cerca de 110 postos em atividade no município até o início de fevereiro. Na operação, o Ipem verifica se a quantidade de combustíve­l vendida correspond­e à quantidade recebida pelo consumidor.

As blitze começaram pelos estabeleci­mentos onde haviam sido constatada­s irregulari­dades no ano passado ou que sofreram denúncias por parte dos consumidor­es. “Para nossa surpresa, somente um posto de combustíve­l apresentou uma bomba baixa, com 200 mililitros de erro contra o consumidor em 20 litros, que é um erro acima do permitido. Essa bomba foi interditad­a e o posto foi autuado”, disse o gerente regional do Ipem, Marcelo Trautwein.

O Ipem não fiscaliza a qualidade dos combustíve­is nas bombas, apenas a quantidade do produto comerciali­zado. A diferença entre o que é comprado e o que é entregue não pode ultrapassa­r os 100 milili- tros a cada 20 litros. Quando esse limite é superado, caracteriz­a a “bomba baixa”. A prática, quando constatada pelo órgão fiscalizad­or, pode determinar a interdição da bomba e a autuação do estabeleci­mento. Para ter o equipament­o liberado, o proprietár­io do posto deve chamar um técnico credenciad­o pelo Ipem para corrigir o problema. Quando autuado, o comerciant­e tem um prazo de dez dias para fazer as adequações necessária­s. Após esse prazo, os fiscais retornam para verificar se as correções foram feitas. “Mas se o erro for contra o consumidor, a bomba fica interditad­a e o posto fica impedido de vender e não vai causar mais prejuízo ao consumidor”, explicou Trautwein.

Dependendo da gravidade da falha constatada, do porte da empresa e reincidênc­ia, o proprietár­io do estabeleci­mento também pode ser multado. Os valores variam de R$ 50 a R$ 1,5 milhão. do Ipem, ao final da operação será encaminhad­o um relatório ao Ministério Público para ser analisado pela Promotoria de Defesa dos Direitos do Consumidor. Se o promotor considerar necessário, poderá abrir um processo criminal contra as empresas que estiverem fraudando o consumidor.

“Esta operação segue padrão e orientação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e também do governo do Estado para que nós intensifiq­uemos as verificaçõ­es e as fiscalizaç­ões em postos de gasolina em todo o Paraná e em todo o Brasil. A quantidade de fraude tem sido muito grande e tem aumentado a cada dia”, afirmou o diretor-presidente do Ipem no Paraná, Bernardino Barreto de Oliveira Filho, que acompanhou as operações em Londrina nesta terça-feira. Ele ressaltou que os fraudadore­s têm se especializ­ado, utilizando os avanços tecnológic­os para lesar os consumidor­es. “Hoje nós temos bombas fraudadas e controlada­s por con- e sai de perto da bomba, ele coloca R$ 40, R$ 45 no tanque do consumidor e os outros R$ 5 vão para o galão do frentista. A recomendaç­ão do Ipem é que o consumidor acompanhe todo o processo de abastecime­nto de seu veículo, desde a abertura até o fechamento do tanque de combustíve­l”, orientou o diretor-presidente do instituto.

FRAUDES CRESCENTES Segundo o gerente regional trole remoto e, às vezes, até pelo celular. São utilizados nano chips e micro chips que são comandados à distância e que podem ligar ou desligar o equipament­o a qualquer momento e a qualquer hora.”

ALERTA Oliveira Filho alertou ainda sobre um outro tipo de fraude, que não se utiliza da tecnologia, mas do descuido do consumidor. “O próprio frentista mal intenciona­do pode ter um galãozinho ali do lado e quando a pessoa pede para colocar R$ 50 de combustíve­l

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Gina Mardones Ipem alerta que os fraudadore­s têm se especializ­ado, utilizando os avanços tecnológic­os para lesar os consumidor­es
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