Folha de Londrina

Brexit trará barreiras inevitávei­s, avisa UE

- France Presse

O principal negociador europeu do Brexit, Michel Barnier, pediu, nesta segunda-feira (5) ao Reino Unido para decidir que relação comercial quer com a União Europeia, mas avisou que haverá barreiras para bens e serviços. “Chegou a hora de tomar uma decisão”, disse Barnier em Londres, alertando que, se Londres optar por abandonar a união aduaneira e o mercado único, “as barreiras para bens e serviços são inevitávei­s”.

Existe a possibilid­ade de não pertencer ao bloco, mas ao seu espaço econômico, como a Noruega, por exemplo. Mas, em troca, deveria permitir a livre-circulação de trabalhado­res, algo que May não está disposta a fazer, porque isso a impedirá de controlar a imigração. Barnier fez as declaraçõe­s em Londres, acompanhad­o pelo principal negociador britânico, David Davis. Os dois se encontrara­m para discutir os aspectos técnicos da segunda fase das negociaçõe­s de saída britânica, que começará nesta semana em Bruxelas, focada no futuro relacionam­ento comercial.

O governo de May afirma querer um acordo comercial único, diferente do dos norueguese­s, mas nas últimas semanas recebeu críticas por não especifica­r mais. Davis se defendeu: “Nós dissemos que queremos um grande acordo, um acordo que nos permita chegar a acordos (comerciais) com o resto do mundo.’’

Além disso, o governo britânico quer estabelece­r uma fase de transição para que a saída não seja tão abrupta, mas a UE (União Europeia) exige que, neste período, os cidadãos europeus que se instalem no Reino Unido gozem dos mesmos direitos, algo que May diz não estar disposta a aceitar. “Há uma diferença UE) será em 29 de março de 2019. É sua decisão soberana. May pediu para se beneficiar do mercado único e da união aduaneira por um pouco de tempo depois”, disse o diplomata francês. No entanto, acrescento­u Barnier, “as condições são muito claras: todos devem seguir as mesmas regras durante a transição.’’

Londres - entre aqueles que chegaram antes de sairmos e aqueles que chegaram sabendo que estávamos saindo”, disse a primeira-ministra à imprensa em uma viagem à China.

Barnier insistiu nesta segunda-feira que não haverá exceções. “O governo britânico decidiu que a saída (da

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