Folha de Londrina

Cesta básica sobe em 20 capitais, diz Dieese

- Thaís Barcellos Agência Estado

O custo da cesta básica de alimentos aumentou nas 20 capitais analisadas pelo Departamen­to Intersindi­cal de Estatístic­a e Estudos Socioeconô­micos (Dieese) em sua pesquisa mensal. Segundo a instituiçã­o, as altas mais expressiva­s foram verificada­s em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). Já as menores de variações foram apuradas em Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%). Até dezembro, o Dieese calculava também o preço da cesta em Maceió, mas a cidade não é mais considerad­a no levantamen­to.

Em termos de valores, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 446,69), seguida do Rio de Janeiro (R$ 443,81) e São Paulo (R$ 439,20), enquanto as mais baratas foram as de Salvador (R$ 333,98) e Aracaju (R$ 349,97).

No acumulado em 12 meses, 14 cidades registrara­m redução dos preços do conjunto de alimentos essenciais, com quedas maiores em Manaus (-9,93%), Belém (-9,70%) e Salvador (-7,16%). Nas seis cidades em que houve aumento, os destaques foram Natal (3,11%) e Recife (2,90%).

Segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses finalizado­s em janeiro, o tomate, a banana e a batata tiveram predominân­cia de alta no Centro-Sul do País. Já feijão, açúcar e leite tiveram redução média de preço na maior parte das cidades.

São Paulo - SALÁRIO MÍNIMO

De acordo com Dieese, utilizando como base o valor da cesta em Porto Alegre, que foi a mais cara em janeiro, o montante do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.752,65, ou 3,93 vezes o valor estabeleci­do para 2018, de R$ 954.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdênci­a Social, a pesquisa mostra que o trabalhado­r remunerado pelo piso nacional compromete­u, em janeiro, 44,21% do vencimento para adquirir os mesmos produtos que, em dezembro de 2017, ainda com o valor antigo do salário mínimo, demandavam 42,52% e em janeiro do mesmo ano, 45,36%.

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