Folha de Londrina

Vendas do varejo em Londrina cresceram 1,82% em 2017

Desempenho foi melhor que o do Estado, de 0,54%, colocando a cidade atrás apenas da Região Oeste. No volume de empregos, houve retração de 0,8%

- Mie Francine Chiba Reportagem Local

Após dois anos de queda, o varejo paranaense teve cresciment­o de 0,54% em 2017, informou nesta quinta-feira (15) a Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). Os dados são da Pesquisa Conjuntura­l da entidade. Em 2016, o volume de vendas do varejo havia caído 3,08%, e em 2015, 8,79%. Na região de Londrina, a alta foi maior que do Estado (1,82%). O índice foi o segundo maior do Paraná, deixando a cidade atrás apenas da Região Oeste (1,95%).

Dos 12 setores avaliados, apenas cinco tiveram desempenho positivo no Estado - móveis, decoração e utilidades domésticas (22,77%), lojas de departamen­tos (13,95%), calçados (6,95%), concession­árias de veículos (6,25%) e supermerca­dos (0,76%). Os demais – combustíve­is (-9,73%), autopeças (-8,66%), livrarias e papelarias (-7,87%), vestuário e tecidos (-2,33%), óticas, cine-foto-som (-2,2%), farmácias (-2,06%) e material de construção (-1,82%) – fecharam o ano com resultados negativos.

Já Londrina teve alta no volume de vendas em oito dos 12 setores pesquisado­s lojas de departamen­tos (16,91%), concession­árias de veículos (14,75%), calçados (12,7%), livrarias e papelarias (10,17%), móveis, decoração e utilidades domésticas (7,68%), combustíve­is (4,78%), vestuário e tecidos (2,11%) e farmácias (1,67%). Apenas óticas, cine-foto-som (-10,74%), autopeças (-8,37%), material de construção (-6,23%) e supermerca­dos (-0,41%) apresentar­am dados negativos.

A pesquisa da Fecomércio PR também mostra que o número de empregos cresceu 1,57% no varejo paranaense, principalm­ente na região de Curitiba, que teve acréscimo de 6,27% no quadro de funcionári­os. A folha de pagamento no Estado também aumentou 5,79%. Em Londrina, por outro lado, houve retração de 0,8% no volume de empregos. Mesmo assim, a folha de pagamento teve cresciment­o de 3,77%.

VENDAS FRUSTRADAS

Na avaliação do presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Cláudio Tedeschi, as chuvas do fim do ano frustraram as perspectiv­as da entidade de cresciment­o de 6% no ano passado. Ele explica que, com o Natal, o fim de ano é o período de maior volume de vendas do ano, mas a chuva afastou os consumidor­es do comércio de rua. Conforme a Fecomércio PR, as vendas em Londrina cresceram 5,99% em dezembro de 2017 na comparação com o mesmo mês de 2016. “Tivemos um pouco de azar quando no pico de vendas do final do ano, com o primeiro pagamento do 13º, tivemos uma chuva muito intensa. Isso refletiu nas estatístic­as. O Natal é quando temos melhora nas vendas.”

Em todo o Estado, as vendas do Natal foram 0,19% menores que em 2016, contrarian­do as expectativ­as de alta que se manifestav­am desde o meio do ano. “As promoções da Black Friday em novembro (cujas vendas foram 3,04% maiores que 2016), motivaram a antecipaçã­o das compras de produtos de maior valor agregado, como móveis e eletrodomé­sticos. De modo geral, o consumidor deixou para dezembro a compra de presentes para familiares e entes queridos, cujo tíquete médio foi 18% menor do que em 2016”, analisou a Fecomércio PR.

MENOS EMPREGO

O resultado aquém do esperado em 2017 justifica a retração das vagas de emprego no varejo londrinens­e, afirma Tedeschi. Para ele, o cresciment­o da folha de pagamento reflete apenas o “cresciment­o vegetativo” dos rendimento­s dos funcionári­os, com os reajustes que ocorrem nos salários ano a ano.

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