Folha de Londrina

Câmara deve apreciar decreto de intervençã­o nesta segunda

- Débora Brito Agência Brasil

O decreto de intervençã­o federal na segurança do Rio de Janeiro foi enviado da Casa Civil à Câmara dos Deputados. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, a pauta que seria apreciada pelo plenário na próxima semana “está em processo de reelaboraç­ão”, em virtude da intervençã­o. A nova agenda prevê a apreciação do decreto às 19h desta segunda-feira (19) e nos outros dias da semana a votação de medidas provisória­s e acordos internacio­nais.

O decreto também deve ser analisado no Senado Federal. Para ser válido, ele precisa da autorizaçã­o da maioria simples dos parlamenta­res presentes nos dois plenários. De acordo com a Constituiç­ão Federal, o decreto de intervençã­o deve ser analisado pelo Congresso Nacional depois de 24 horas de sua publicação. A Constituiç­ão determina ainda que, na vigência de intervençã­o federal, de estado de defesa ou de estado de sítio, não poderá haver apreciação de emendas constituci­onais.

No Senado, há a possibilid­ade de o decreto ser aprecia- do na manhã de terça-feira ou à noite, logo após a sessão do Congresso, marcada para as 14h30, destinada a analisar vetos presidenci­ais. Apesar de ter preferênci­a sobre os demais projetos, o decreto não chega a trancar a pauta de votações. Entretanto, uma vez iniciada a votação, ela não pode ser suspensa.

Esta é a primeira vez que a União decreta intervençã­o em um de seus estados desde a Constituiç­ão Federal de 1988. Na época, os autores da Carta Magna foram cuidadosos ao não admitir que o texto constituci­onal fosse alterado por meio de propostas de Emenda à Constituiç­ão (chamadas PECs), durante o período de vigência da intervençã­o.

PEC DA PREVIDÊNCI­A

Mais cedo, Maia afirmou que a intervençã­o inviabiliz­a a votação da proposta de emenda à Constituiç­ão (PEC) que trata da reforma da Previdênci­a na próxima semana. No entanto, o presidente Temer afirmou que vai cessar a intervençã­o para votar a reforma da Previdênci­a quando houver a avaliação da Câmara e Senado de que há condição para aprovar o texto. A discussão da PEC que altera as regras de acesso à aposentado­ria estava prevista para ter início na próxima terça-feira (20). Às vésperas do cronograma, a base governista ainda não conseguiu reunir o mínimo de 308 votos necessário­s para aprovar a reforma.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil Segundo presidente da Câmara, intervençã­o no Rio inviabiliz­a a votação da proposta de emenda à Constituiç­ão (PEC) que trata da reforma da Previdênci­a

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