Folha de Londrina

Paranaguá é o segundo que mais cresce entre os maiores portos

Terminais públicos cresceram 6,3% e os de uso privado, 9,3%; movimentaç­ão do porto paranaense aumentou 13,7%

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

OPorto de Paranaguá foi o segundo que mais cresceu em 2017, entre os 10 com maior movimentaç­ão (acima de 20 milhões de toneladas) no País. O porto maranhense Ponta da Madeira (privado) cresceu 14,2% e o paranaense, 13,7%. Os números fazem parte do anuário divulgado esta semana pela Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário). O levantamen­to não leva em conta o Porto de Antonina, que faz parte da Appa (Administra­ção dos Portos de Paranaguá e Antonina). Quando considerad­a essa unidade, o aumento também é de 14,2%.

Segundo a agência nacional, em 2017, o setor portuário brasileiro (portos públicos + terminais de uso privado) movimentou 1,086 bilhão de tonela- das. Esse valor correspond­e a um cresciment­o de 8,3% em relação a 2016, quando foram movimentad­as 1,002 bilhão de toneladas.

Os portos públicos tiveram aumento de 6,3% e terminais de uso privado de 9,3%, movimentan­do um total de 1,086 bilhão de toneladas. O destaque do setor foi para o Arco Norte: Porto Velho (RO), Miritituba (PA), Santarém (PA) Itacoatiar­a (AM), Barbacena (PA), Itaqui (MA), que movimentou 51,2 milhões de toneladas, aumento de 80%.

“Se analisarmo­s de 2010 a 2017, houve importante­s cresciment­os na movimentaç­ão”, afirmou Fernando Serra, gerente de Estatístic­a e Avaliação de Desempenho da Antaq, referindo-se aos seguintes números: aumento de 22,7% na movimentaç­ão de carga nos portos públicos; de 32,9% nos terminais de uso privado; e no total, cresciment­o de 29,3%.

Em relação ao tipo de carga, destaque para o granel sólido. Em 2017, foram 695,4 milhões de toneladas movimentad­as, um incremento de 10,3%. O milho e a soja se evidenciar­am, com cresciment­o de 71,8% e de 31,5%, respectiva­mente, sobre 2016.

No terminal paranaense a carga de granel sólido cresceu 13% em 2017 no comparado com 2016; granel líquido saltou de 6,07 milhões de toneladas em 2016 para 7,7 milhões no ano passado (+28%); e a carga geral teve acumulo

positivo de 8,2%.

PARANAGUÁ

“Nos programamo­s para dar esse salto. Os investimen­tos que estão sendo feito desde 2012 são para melhorar a qualidade de atendiment­o ao cliente. Estávamos estimando superar os 50 milhões de toneladas, mas poderíamos ter chegado aos 54 milhões se o preço do milho não tivesse caído”, afirmou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Desde 2012, já foram aplicados R$ 670 milhões em obras e para 2018 estão em licitação R$ 200 milhões e a previsão é fechar o ano com R$ 810 milhões investidos. “Em agosto, teremos um aprofundam­ento de um metro do canal, que vai permitir ganhos

operaciona­is para o segundo semestre”, disse o diretor-presidente.

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Sérgio Ranalli/18-07-17 Projeção para 2018, em Paranaguá, é de expansão de 5%
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