Folha de Londrina

Aulas voltam na segunda com promessa de paralisaçã­o

Funcionári­os da educação farão ato contra Reforma da Previdênci­a; Seed garante que início do ano letivo está mantido

- Pedro Marconi Reportagem Local

Oinício do ano letivo de 2018 na rede estadual de ensino está programado para esta segunda-feira (19), porém a promessa é que os trabalhado­res da educação pública não estejam nos estabeleci­mentos, de acordo com a APP-Sindicato, que representa a categoria. A entidade programou para o mesmo dia uma paralisaçã­o, que irá acontecer em todo o Brasil, contra a Reforma da Previdênci­a.

Em vez das aulas, o sindicato de Londrina programou um seminário sobre Previdênci­a no período da manhã, na sede da APP. Já a tarde está previsto um protesto no Centro Cívico junto com o coletivo sindical. “Nós, funcionári­os públicos, contribuím­os de forma consideráv­el para a Previdênci­a, que se mostrou sustentáve­l. Apesar disso, todas as propostas colocadas pelo Governo Federal levam a crer que não teremos aposentado­ria”, afirmou o presidente da APP-Sindicato em Londrina, Márcio André Ribeiro.

A decisão pela adesão foi tomada na última assembleia da categoria, realizada no final de janeiro. Ribeiro declarou que os pais não devem levar os filhos para as escolas na data. “Esperamos que tenha um resultado positivo de escolas participan­do. Pode ser que no dia al- guma funcione, mas só saberemos na segunda. O que foi decidido em assembleia é que voltemos para as salas de aula na terça-feira (20), pois todos estão preocupado­s”, apontou. Os servidores retomaram o trabalho na quinta-feira (15).

Por meio de nota, a Seed (Secretaria de Estado da Educação) do Paraná informou que as “aulas da rede pública estadual iniciam normalment­e no dia 19 de fevereiro” e que “é de responsabi­lidade dos gestores garantir o bom andamento do ano letivo em cada unidade”. A pasta ainda avisou que será descontada a ausência sem justificat­iva.

COLÉGIOS EM OBRAS

Dos 121 colégios pertencent­es ao Núcleo Regional de Educação de Londrina, 30 começarão as aulas com obras em andamento. Os valores investidos em trocas de telhado, pinturas e reformas variam de R$ 150 mil a R$ 600 mil. Chefe do Núcleo na cidade, Lúcia Cortez garantiu que isto não irá atrapalhar. “Nada do que está sendo feito compromete o atendiment­os aos alunos”, destacou. Em Londrina e região são cerca de 90 mil estudantes.

Uma das instituiçõ­es que está recebendo grandes reformas é o Colégio São José, na zona oeste, que agora será da PM (Polícia Militar). Treze salas foram totalmente reformadas e até o final do primeiro trimestre devem ser finalizado­s o restante das obras. “Neste fim de

semana faremos um mutirão com os policiais e demais funcionári­os para que na segunda comecemos com o novo modelo de ensino e seguindo o que está no regimento”, projetou o capitão Alfredo Euclides Dias Neto, responsáve­l pelo colégio. São 380 alunos matriculad­os.

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Gustavo Carneiro Colégio São José, na zona oeste, que agora será da PM (Polícia Militar): 13 salas foram totalmente reformadas

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