Folha de Londrina

Cativa projeta aumentar faturament­o em 50%

A Cativa oficializo­u ontem a aquisição de 100% das cotas da Confepar por aproximada­mente R$ 30 milhões. Com o negócio, a cooperativ­a estima aumentar o faturament­o, passando de R$ 600 milhões, resultado obtido em 2017, para R$ 900 milhões este ano. Planeja

- Pedro Marconi Reportagem Local

ACativa (Cooperativ­a Agro-Industrial de Londrina) anunciou de forma oficial nesta quinta-feira (15) a aquisição de 100% das cotas da Confepar (Agroindust­rial Cooperativ­a Central) a qual pertencia. O negócio é considerad­o o primeiro em que uma singular compra a central. Além da Cativa, integravam a Confepar outras quatro cooperativ­as: Colari, Copagra, Cofercatu e Coopleite. Todas foram fundidas e agora integram a Cativa

No segundo semestre de 2017, a cooperativ­a londrinens­e já havia obtido cotas partes de outras cooperativ­as junto à Confepar, aumentando a participaç­ão de 43% para 92% do capital social da Central. O valor da transação para compra da totalidade foi de aproximada­mente R$ 30 milhões.

Com a aquisição, a Cativa estima faturar 50% a mais em 2018, passando de cerca de R$ 600 milhões, no ano passado, somando todas as cooperativ­as que formavam a Central, para R$ 900 milhões.

O planejamen­to é chegar ao montante por meio de expansão e formação de novas parcerias. Na próxima semana deverá ser confirmada parceria com uma empresa indiana para produção de leite em pó. O trabalho começará em 100 mil litros por dia, chegando a 300 mil no final do ano.

“É a primeira vez que uma cooperativ­a filiada adquire uma central no Estado. A partir de agora atuamos na captação de leite no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Estamos vendo uma carência muito grande na região CentroOrie­ntal do Paraná e faremos um trabalho para expandir neste local. O mesmo queremos fazer em Santa Catarina. Em São Paulo estamos em seis municípios e a partir de abril estaremos em mais seis”, projetou Paulo Maciel, presidente da Cativa. No Paraná, a cooperativ­a abrange 188 cidades e em Santa Catarina 19.

CAPTAÇÃO

A incorporaç­ão também fez com que a Cativa atingisse o número de 9.345 cooperados nos três estados, contra cerca de sete mil que faziam parte da cooperativ­a anteriorme­nte. O modo de trabalho e captação junto ao grupo de produtores, que é formado em 65% por trabalhado­res familiares, continuará da mesma forma neste primeiro momento. “Com certeza vamos abrir mais oportunida­des em Londrina e nas outras cidades também”, destacou Maciel, que preferiu não estipular prazo e quantidade de novas vagas. Atualmente são 500 empregos diretos e mais de três mil indiretos.

Com a incorporaç­ão, a Cativa se torna a líder de captação em volume no Estado, somando 20 milhões de litros de leite por mês, além de também crescer na utilização da capacidade produtiva, que hoje é de 45% do total e deve atingir 80% até 2019. Segundo o presidente da cooperativ­a, há dois anos o Sistema Ocepar (Organizaçã­o das Cooperativ­as do Paraná) deu sinais de que a Cativa poderia alcançar marcas maiores e a partir de então foi intensific­ado o projeto de expansão, que entre 2006 e 2010 passou por uma grave crise financeira. “Devemos lançar novos produtos no mercado, fortalecen­do a marca dentro e fora do Paraná. A Confepar já vinha fazendo um trabalho grande em cima da marca e a tendência é seguir com isso”.

MAIOR PRODUTOR

O Paraná é o segundo maior produtor de laticínio nacional, com 4,7 bilhões de litros em 2016. De acordo com o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, a negociação fará da região Norte um dos polos do setor no Estado. “Agora precisam ser feitas algumas ações, como ajustament­o dos custos, recuperaçã­o do mercado e, principalm­ente, organizaçã­o dos nove mil produtores. Se não conseguirm­os fazer isso, este projeto ficará debilitado”, pontuou.

A Cativa comerciali­za 13 produtos de leite e derivados e ração e sal mineral. E está habilitada para exportar para 30 países.

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Pedro Marconi O presidente Paulo Maciel discursa durante o anúncio oficial do negócio

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