“Eles trabalham bem, mas tem pouca gente para fazer o serviço”
No jardim União da Vitória, zona sul de Londrina, a presença da UPS (Unidade Paraná Seguro) divide opiniões, mas pelos relatos, fica claro que o objetivo de polícia comunitária, de integração com a comunidade, não foi atingido. “Eles ficam lá, trabalham com o portão fechado. Não dá nem para culpar os policiais, eles trabalham bem, mas tem pouca gente pra fazer o serviço”, avalia um morador de 38 anos.
Os nomes dos personagens entrevistados foram todos preservados. O medo de represálias por parte de criminosos ainda é constante. “Não posso nem falar alto, mas precisava mais policiais, mais viaturas dentro do bairro. Aqui em cima melhorou, mas aí pra dentro ainda está feio”, comentou com receio uma moradora de 45 anos, que vive no bairro há mais de 30 anos.
Na madrugada de 11 de janeiro, um corpo com marcas de queimaduras e cortes profundos foi encontrado em um fundo de vale do bairro. Para uma moradora de 52 anos, a presença da UPS pouco alterou a rotina na região. “Para mim não mudou nada. Aqui a gente tem que saber viver para continuar vivo”, expôs. “Para não dizer que nada melhorou, a polícia acabou com os bailes funk, que eram horríveis”, acrescentou.
A reportagem tentou ouvir a assessoria de comunicação do 5º Batalhão da Polícia Militar, mas o porta-voz não atendeu as ligações.