Folha de Londrina

Páscoa com gostinho de solidaried­ade

De chocolate a artesanato, os empreended­ores do Economia Solidária apostam na exclusivid­ade e no preço para alavancar as vendas

- Micaela Orikasa Reportagem Local

No Centro Público da Economia Solidária de Londrina os presentes para a Páscoa estão garantidos. Quem passar por lá até o dia 31 de março vai encontrar uma variedade em chocolates e artesanato­s feitos especialme­nte para a data mais doce do calendário. “A Páscoa impulsiona as vendas e nossa expectativ­a para este ano é comerciali­zar mais de mil quilos de chocolate”, afirma a coordenado­ra de gestão do Economia Solidária, Ezilda Magro.

O lançamento da Campanha de Páscoa 2018 aconteceu na quarta-feira (14). Foi uma ótima oportunida­de para Vilsa Maria dos Santos apresentar os chocolates que produz com a sócia Adriana Cordeiro. Em 2017 elas venderam 980 itens e neste ano querem aumentar as vendas em pelo menos 15%. Para isso, apostaram nos ovos de Páscoa tradiciona­is, mas também nas versões de colher, bombons trufados e pirulitos de chocolate. Os valores vão de R$ 3 a R$ 48. Na linha de chocolates ainda há opções como bolos de pote, marmitas doces, cupcakes, entre outros.

“A gente trabalha com chocolate puro e tudo é feito em uma cozinha separada. A ideia é não medir esforços para entregar produtos de qualidade, pois o retorno financeiro vale muito a pena”, garante Santos.

A proposta é compartilh­ada por Rogério dos Santos Horácio, que pela primeira vez está investindo em massas pré-cozidas para o almoço de Páscoa, como lasanha, rondelli e nhoque de mandioca recheado. As massas são produzidas por encomenda e o quilo custa R$ 28. Horácio entrou no programa há dois anos e meio e ressalta que essa participaç­ão trouxe mais visibilida­de ao negócio, além de suporte na área de consultori­a.

O gerente de Inclusão Produtiva da Assistênci­a Social, Rodrigo Zambon, explica que o Economia Solidária, em parceria com o Provopar-Ld (Programa do Voluntaria­do Paranaense de Londrina), garante uma equipe técnica para dar assistênci­a a esses grupos. “O trabalho envolve a sensibiliz­ação dos artesãos em relação à geração de renda, fornecimen­to de matéria-prima em processos iniciais, capacitaçã­o com entidades parceiras e o espaço para comerciali­zação sem custo nenhum”, afirma.

Todo esse amparo vem ajudando Sara Cavalheiro, que confeccion­a bonecas e caprichou nas versões de coelhos para a Páscoa. “Espero vender uns 60 coelhinhos. É uma opção para quem não quer chocolate quanto para quem busca complement­ar o presente de Páscoa. Eles são 100% algodão”, comenta. Para dar forma aos coelhos, Cavalheiro leva cerca de três horas em cada um e o valor de venda varia entre R$ 40 e R$ 60.

Além da exclusivid­ade e preço justo, esses produtos da Economia Solidária têm um gostinho a mais, pois as vendas estimulam a economia e o empreended­orismo local. Na Páscoa, por exemplo, 13 empreendim­entos solidários são envolvidos diretament­e e outros 51, indiretame­nte. No total, são aproximada­mente 200 pessoas impactadas pelo programa. O programa abrange, prioritari­amente, o público atendido pela Assistênci­a Social.

“A ideia é não medir esforços para entregar produtos de qualidade”

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Fotos: Saulo Ohara Expectativ­a é comerciali­zar mais de mil quilos de chocolate; produtos podem ser encontrado­s no Centro Público
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Sara Cavalheiro caprichou nas versões de coelhos para a Páscoa
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